Investing.com - As exportadoras de papel e celulose operam em forte alta nesta segunda-feira após melhoria de recomendação do Santander (SA:SANB11), que vê em melhoria dos fundamentos e impacto positivo do aumento de preços da celulose.
A Fibria (SA:FIBR3) avança 3% e vai aos R$ 37,70 e renova as máximas de 14 meses impulsionada pela recente valorização do dólar como reflexo da crise política que atingiu Michel Temer após a delação da JBS (SA:JBSS3). Desde a quinta-feira depois do vazamento da conversa do presidente com Joesley Batista, o papel avançou 30% sobre o fechamento de R$ 28,93 de quarta-feira (17/5).
A Suzano (SA:SUZB5) traça caminho semelhante com alta de 2,3% aos R$ 15,80, máxima também de 14 meses. O papel subiu 25% desde a delação premiada.
O Santander reviu de ‘manutenção’ para ‘compra’ o rating da Fibria e Suzano, que passaram a ter preço-alvo de R$ 43,00 e R$ 17,00, respectivamente, upside de 12% e 7,5%.
Além da expectativa de dólar mais valorizado com a crise política, as dificuldades financeiras da J&F podem provocar a venda da controlada Eldorado, uma das principais concorrentes no setor de celulose. Especula-se que Fibria poderá ser um potencial compradora do ativo.
Na semana passada, as empresas anunciaram novo reajuste da celulose na América do Norte, Europa e Ásia.
Klabin (SA:KLBN4) rebaixada
O Santander fez movimento no sentido contrário para a Klabin reduzindo de ‘compra’ para ‘manutenção’ e preço-alvo cortado para R$ 18,00.
O papel avança pouco menos de 1% a R$ 17,25. Desde a delação da JBS, a ação avançou 9%.