Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta quinta-feira, 17 de maio, sobre os mercados financeiros:
1. Petróleo sobe à máxima de 2014 e Brent se aproxima de US$ 80
A cotação do petróleo continuava a subir nesta quinta-feira, atingindo os níveis mais altos desde novembro de 2014, com o Brent perto do nível psicológico de US$ 80.
A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de voltar a impor sanções ao Irã provocou ondas de choque nos mercados de petróleo, já que investidores esperam que a ação reduza as exportações do quinto maior produtor mundial.
Na quarta-feira, a gigante francesa de energia Total (PA:TOTF) anunciou que se retiraria de um acordo de gás iraniano antes do final do ano, a menos que fosse capaz de obter uma dispensa do governo dos EUA.
A Total está preocupada com o fato de que poderá ser alvo de sanções secundárias dos EUA se continuar a realizar negócios com o Irã e as empresas europeias duvidam da possibilidade de leniência por parte dos Estados Unidos.
Os contratos futuros de petróleo bruto dos EUA subiam 0,87%, atingindo US$ 72,01 às 06h54, enquanto o petróleo Brent avançava 0,69% para US$ 79,83 após ter chegado à máxima intradiária de US$ 80,12.
2. Rendimentos de títulos atingem máximas de vários anos
O rendimento do título do Tesouro dos EUA com vencimento em dez anos continuava a subir nesta quinta-feira após ter ultrapassado tanto 3,0% quanto 3,1% nesta semana. Tinha alta de 1,1 pontos base e estava em 3,106% às 06h55, pouco abaixo da máxima intradiária de 3,122%, níveis não vistos desde maio de 2011.
O rendimento do título com vencimento em dois anos, sensível ao Fed, permanecia em 2,594%, não muito distante do nível mais alto desde agosto de 2008.
O aumento recente dos rendimentos dos títulos ocorreu devido a perspectivas de fortalecimento da inflação e expectativas de uma abordagem mais agressiva do Federal Reserve neste ano.
Os investidores já precificaram totalmente o aumento dos juros na próxima reunião de política monetária do Fed, em 12 e 13 de junho. No entanto, Wall Street está dividida a respeito de quantas vezes mais o banco central aumentará as taxas de juros depois disso. Enquanto alguns esperam apenas mais dois aumentos este ano, as chances de um terceiro movimento em dezembro ultrapassaram o patamar de 50% nesta semana.
3. Walmart divulga resultados com atenções voltadas ao comércio eletrônico
Walmart (NYSE:WMT) é um dos últimos nomes notáveis a anunciar os resultados do primeiro trimestre antes da abertura do mercado dos Estados Unidos nesta quinta-feira, já que a temporada de resultados continua a se acalmar.
A maior empresa varejista do mundo deverá divulgar lucro por ação de US$ 1,12 com receitas de US$ 120,46 bilhões, segundo estimativas.
Os investidores provavelmente estarão atentos aos números do comércio eletrônico da varejista blue chip depois que os números do quarto trimestre causaram preocupação de que o crescimento da constituinte do Dow tivesse atingido o pico.
Entre outras empresas a divulgarem balanços nesta quinta-feira, JC Penney (NYSE:JCP) também irá divulgar resultados trimestrais antes da abertura, ao passo que Applied Materials (NASDAQ:AMAT) e Nordstrom (NYSE:JWN) apresentarão seus números após o mercado fechar.
4. Pedidos de seguro-desemprego, dados da atividade industrial e discursos de membros do Fed em pauta
O dólar norte-americano flutuava próximo à máxima de cinco meses frente aos principais rivais nesta quinta-feira, já que investidores aguardam dados sobre o mercado de trabalho e uma leitura sobre a atividade industrial, enquanto esperam mais informações de decisores do Federal Reserve.
O consenso das projeções espera que os pedidos semanais de seguro-desemprego tenham subido um pouco para 215.000 a partir do número anterior de 211.000, enquanto a leitura da atividade industrial na região do Fed da Filadélfia deve ter tido redução para 21,0 em maio a partir da leitura de 23,2 do mês anterior.
Os participantes do mercado também acompanharão de perto as aparições públicas de Neel Kashkari, presidente do Fed de Minneapolis, e de Robert Kaplan, chefe do Fed de Dallas, em busca de indicações sobre suas perspectivas de aperto na política monetária.
5. Mercado futuro dos EUA aponta para ligeira queda
O mercado futuro dos EUA apontava para uma ligeira queda na abertura desta quinta-feira, já que o Dow enfrentava dificuldades para entrar em território positivo nesta semana. Os ganhos vistos no dia anterior não foram suficientes para apagar as perdas de terça-feira, que levaram o índice blue chip ao primeiro declínio em oito sessões.
Às 06h57, o blue chip futuros do Dow caía 15 pontos, ou 0,06%, os futuros do S&P 500 recuavam 4 pontos, ou 0,16%, enquanto o índice futuro de tecnologia Nasdaq 100 tinha queda de 24 pontos ou 0,35%.
Do outro lado do Atlântico, as bolsas europeias estavam majoritariamente em alta uma vez que investidores assimilavam os balanços corporativos.
Mais cedo, bolsas asiáticas fecharam em diferentes direções, já que investidores estavam atentos ao aumento dos rendimentos norte-americanos e aguardavam o início da segunda rodada de negociações comerciais entre EUA e China nesta quinta em Washington.