*Com Leandro Manzoni
Investing.com -- Wall Street parece estar pronta para começar a nova semana com uma nota positiva, embora o indicador de inflação do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), previsto para o final da semana, possa determinar a direção de curto prazo.
A Apple infringiu as regras da União Europeia, enquanto a Broadcom está trabalhando com a empresa chinesa ByteDance no fornecimento de chips de inteligência artificial (IA).
No Brasil, políticas fiscal e monetária continuam em foco.
Confira abaixo os 5 principais assuntos para ficar bem informado nesta segunda-feira, 24 de junho de 2024.
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1. Futuros de Wall Street com leve alta
Os índices futuros dos EUA avançavam nesta manhã de segunda-feira, começando a última semana do primeiro semestre do ano perto de recordes, em grande parte impulsionados pelo entusiasmo em torno da IA.
Às 07h57, o contrato do Dow Jones futuros subia 0,37%, do S&P 500 futuros tinha alta de 0,16%, e do Nasdaq 100 futuros estável com leve avanço de 0,01%.
O índice de referência do mercado de Wall Street S&P 500 atingiu um novo recorde intradiário no final da semana passada e sobe quase 15% até o momento este ano, enquanto o Nasdaq Composite, índice de empresas de tecnologia, avança quase 18%.
Em contrapartida, o índice blue-chip Dow Jones Industrial Average ficou para trás, com ganhos inferior de 4% na primeira metade do ano.
O foco principal desta semana será a divulgação na sexta-feira dos dados de maio do despesas de consumo pessoal (PCE, na sigla em inglês), o indicador de inflação preferido do Fed.
Os investidores projetam quando o banco central dos EUA começará a cortar as taxas de juros, com as autoridades do Fed expressando seu desejo de que haja mais dados sobre a inflação confirmando a desaceleração dos preços próximo à meta anual de 2% antes de sinalizar com uma redução.
Há também uma série de balanços de empresas importantes nesta semana, incluindo FedEx (NYSE:FDX), Micron (NASDAQ:MU), Walgreens Boots Alliance (NASDAQ:WBA) e Nike (NYSE:NKE).
CONFIRA: Cotação dos principais índices globais
2. A Apple violou as regras da UE; ByteDance trabalha com a fabricante de chips Broadcom
A Apple (NASDAQ:AAPL) enfrenta dificuldades regulatórias na União Europeia (UE). A Comissão Europeia, que também atua como órgão regulador de tecnologia e antitruste do bloco, disse na segunda-feira que as regras da App Store da fabricante do iPhone violam as regras de tecnologia da UE porque impedem que os desenvolvedores de aplicativos direcionem os consumidores para ofertas alternativas.
O executivo da UE disse que também estava abrindo uma investigação sobre a Apple a respeito de suas novas exigências contratuais para desenvolvedores de aplicativos de terceiros e lojas de aplicativos. "Nenhum desses termos comerciais permite que os desenvolvedores orientem livremente seus clientes. Por exemplo, os desenvolvedores não podem fornecer informações sobre preços dentro do aplicativo ou se comunicar de qualquer outra forma com seus clientes para promover ofertas disponíveis em canais de distribuição alternativos", disse o órgão de fiscalização da UE.
A UE abriu uma investigação sobre os gigantes da tecnologia dos EUA em março, de acordo com uma nova lei histórica conhecida como Digital Markets Act. As chamadas regras antiorientação foram uma das grandes áreas de foco da investigação. De acordo com a DMA, as empresas de tecnologia não podem impedir que as empresas informem seus usuários sobre opções mais baratas para seus produtos ou sobre assinaturas fora de uma loja de aplicativos.
CONFIRA: Cotação das ações dos EUA na pré-abertura em Wall Street
A empresa chinesa de tecnologia ByteDance está trabalhando com a fabricante americana de chips Broadcom (NASDAQ:AVGO) para desenvolver um processador avançado de inteligência artificial, mesmo com os EUA tentando restringir a exportação desses chips vitais para seu principal rival econômico.
O aprofundamento da parceria entre as duas empresas, noticiado pela Reuters na segunda-feira, representa mais esforços por parte das empresas de tecnologia chinesas para garantir o fornecimento de chips avançados de IA, depois que os EUA bloquearam várias grandes fabricantes de chips, principalmente a NVIDIA Corporation (NASDAQ:NVDA), de vender sua tecnologia de IA mais avançada para a China.
O chip de 5 nanômetros estará em conformidade com as restrições de exportação dos EUA e provavelmente será terceirizado para fabricação na TSMC (NYSE:TSM), a maior fabricante de chips contratada do mundo.
A Bytedance e a Broadcom já têm parcerias em vigor, com o proprietário do TikTok tendo comprado vários chips vinculados à IA da empresa nos últimos dois anos.
Isso segue um amplo impulso à IA generativa desde o ano passado, que serviu como uma importante fonte de demanda para as empresas globais de fabricação de chips.
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3. UE realizará negociações sobre comércio de veículos elétricos com a China
A China e a União Europeia concordaram em iniciar negociações sobre a imposição planejada de tarifas sobre veículos elétricos (VEs) fabricados na China que estão sendo importados para o mercado europeu.
A Comissão Europeia anunciou no início deste mês que está planejando impor tarifas provisórias sobre VEs produzidos na China de até 38,1%, além da tarifa padrão de 10% para importações de automóveis.
As tarifas devem ser aplicadas até 4 de julho.
A notícia provocou a ira de Pequim, com as autoridades chinesas sugerindo a possibilidade de medidas de retaliação.
O jornal estatal Global Times informou no domingo que a China quer que a União Europeia revogue sua decisão de impor tarifas provisórias sobre os veículos elétricos chineses.
Embora as conversas indiquem a possibilidade de uma redução do conflito comercial, os Estados Unidos também aumentaram as tarifas sobre os carros chineses em maio, sugerindo uma coordenação na guerra comercial do Ocidente com Pequim.
CONFIRA: Ações brasileiras listadas no exterior
4. Conversa sobre intervenção no iene em alta
As conversas sobre intervenção estão em alta nos mercados de câmbio na segunda-feira, depois que o iene japonês se enfraqueceu e atingiu seu nível mais baixo em relação ao dólar desde 29 de abril, com o par USD/JPY subindo para um pico de 159,93.
Em abril, o par atingiu uma mínima de 34 anos de 160,245, levando as autoridades japonesas a gastar cerca de 9,8 trilhões de ienes para apoiar a moeda.
O iene ficou sob pressão renovada após a decisão do Banco do Japão, neste mês, de adiar a redução do estímulo de compra de títulos até a reunião de julho.
As perdas do iene fizeram com que o principal diplomata monetário do Japão, Masato Kanda, dissesse na segunda-feira que as autoridades tomarão as medidas apropriadas se houver um movimento excessivo de moeda estrangeira.
"Responderemos com firmeza aos movimentos que forem muito rápidos ou impulsionados por especuladores", disse Kanda, observando que as autoridades não têm em mente níveis específicos sobre quando intervir.
Kanda disse que a inclusão do Japão na lista de monitoramento de manipulação de câmbio do Tesouro dos EUA não teve "absolutamente nenhum impacto" sobre as opções de política de Tóquio.
Um relatório do Tesouro dos EUA emitido na semana passada acrescentou o Japão à sua lista de monitoramento de câmbio, juntamente com seis países que estavam na lista anterior.
5. Políticas fiscal e monetária continuam em foco no Brasil
As incertezas em relação à trajetória das políticas fiscais e monetárias - que afetaram negativamente o Ibovespa, a cotação do dólar e da curva de juros brasileira- vão prosseguir nessa semana.
Além do Boletim Focus hoje, o Banco Central do Brasil divulga amanhã (25) a ata da última reunião do Copom, quando o colegiado manteve a taxa Selic em 10,5% ao ano, o que interrompeu o ciclo de cortes iniciado em agosto do ano passado. Os investidores vão em busca de pistas sobre as próximas decisões do Copom.
Na quarta-feira, será a vez de o Ministério da Fazenda divulgar o Resultado do Tesouro Nacional de maio e o Relatório Mensal da Dívida Pública, também referente a maio. A previsão é de divulgação dos dados às 10h30 do relatório sobre a dívida pública, com a realização de uma entrevista coletiva às 11h00. Mais tarde, às 14h30, será a vez da apresentação do resultado fiscal, com entrevista agendada para às 15h00.
Na quinta-feira, o Relatório Trimestral de Inflação (RTI), que será divulgado pelo Banco Central e com entrevista coletiva com o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, e o diretor de Política Econômico, Diego Guillen, terá um enfoque dos investidores em relação à projeção da taxa neutra de juros da economia brasileira.
A taxa neutra é a que estimula o crescimento econômica sem provocar aceleração da inflação. Atualmente em 4,5%, de acordo com o último RTI, a taxa neutra de juros é constantemente revista pelos economistas, com previsões que chegam a apontar elevação para 6% ao ano.
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