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A Fitch Ratings rebaixou os Ratings de Inadimplência de Emissor (IDRs) de Longo Prazo em Moeda Estrangeira e Local da Azul S.A. para ’D’ de ’CCC-’, junto com o Rating de Escala Nacional, que foi reduzido para ’D(bra)’ de ’CCC-(bra)’ em 28.05.2025. As notas seniores garantidas da Azul Secured Finance LLP também foram rebaixadas para ’C’ com Rating de Recuperação de ’RR4’ de ’CCC-’/’RR4’, enquanto as notas não garantidas da Azul Investments LLP foram confirmadas em ’C’/’RR6’.
O rebaixamento para ’D’ ocorre após a Azul anunciar o início de um processo de reestruturação de dívida sob o Capítulo 11 nos Estados Unidos e um procedimento correspondente no Brasil. A Fitch reavaliará e reclassificará a Azul assim que a companhia aérea concluir os procedimentos administrativos e apresentar sua nova estratégia e perfil financeiro reestruturado.
A Azul declarou em 28.05.2025 que havia firmado Acordos de Apoio à Reestruturação com principais partes interessadas. Estes incluem seus atuais detentores de títulos, seu maior arrendador AerCap, que representa a maioria das obrigações de leasing da empresa, e parceiros estratégicos United Airlines, Inc. (BB/Positivo) e American Airlines, Inc. (B+/Estável). Os acordos visam facilitar um processo completo de reorganização da estrutura de capital sob o Processo do Capítulo 11 nos EUA.
O plano de reestruturação da Azul visa melhorar sua estrutura de capital. O plano já inclui um compromisso de aproximadamente US$ 1,6 bilhão em financiamento debtor-in-possession (DIP) durante o processo, eliminação de mais de US$ 2,0 bilhões de dívida, e contempla financiamento adicional de capital de até US$ 950 milhões após a emergência. Do montante de financiamento DIP, US$ 670 milhões serão usados para reforçar a liquidez. Este financiamento será tratado através de dívida de saída e inclui uma Oferta de Direitos de Ações com garantia de US$ 650 milhões e até US$ 300 milhões em capital da United e American Airlines, sujeito ao cumprimento de certas condições.
A estrutura de capital da Azul tornou-se insustentável devido aos altos juros e despesas de aluguel incorridos como resultado de múltiplos processos de reestruturação desde a Covid, em meio a altas taxas de juros no Brasil e volatilidades cambiais. Isso levou a uma queima recorrente de caixa. Em 31.03.2025, a dívida total da Azul era de R$ 35,8 bilhões, conforme cálculos da Fitch.
A Fitch rebaixou a classificação para ’D’ pois a Azul entrou voluntariamente em administração. A análise de recuperação pressupõe que a Azul seria considerada uma empresa em continuidade na falência e que a empresa seria reorganizada em vez de liquidada. A Fitch assumiu uma reivindicação administrativa de 10%.
O EBITDA de continuidade da Azul é de R$ 2,5 bilhões, que incorpora as expectativas de baixo nível do EBITDA da Azul pós-pandemia, ajustado pelas despesas de leasing, e um desconto de 20%. A estimativa do EBITDA de continuidade reflete a visão da Fitch de um nível sustentável de EBITDA pós-reorganização no qual a avaliação da empresa é baseada. O múltiplo de valor da empresa (EV)/EBITDA aplicado é 5,5x, refletindo a forte posição de mercado da Azul no Brasil.
A Fitch aplica uma análise em cascata ao EV pós-inadimplência, com base nas reivindicações relativas da dívida na estrutura de capital. As premissas da cascata de dívida consideram a dívida total da empresa em 31.03.2025. Essas premissas resultam em uma taxa de recuperação para os títulos garantidos de primeira linha e superprioridade dentro da faixa ’RR1’ e notas garantidas de segunda linha dentro da faixa ’RR2’. No entanto, devido ao limite flexível do Brasil em ’RR4’, as notas seniores garantidas da Azul são classificadas como ’C’/’RR4’. Para as notas não garantidas, a recuperação está na faixa ’RR6’, resultando em uma classificação de ’C’/’RR6’.
A empresa está atualmente classificada como ’D’ e, portanto, não pode haver ação de classificação negativa no IDR. No entanto, a Fitch classificará a AZUL após sua saída dos procedimentos de administração com base em sua nova estratégia e perfil financeiro.
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