Investing.com - O mercado futuro de Wall Street indicava uma abertura em leve baixa nesta segunda-feira já que investidores esquentam os motores para uma semana agitada que incluirá números da inflação nos EUA bem como nada menos que anúncios de políticas monetárias de quatro bancos centrais, incluindo o Federal Reserve (Fed).
O blue chip futuros do Dow caiu 33 pontos, ou 0,16%, às 7h03 em horário local (8h03 em horário de Brasília), os futuros do S&P 500 perderam 4 pontos, ou 0,16%, enquanto o índice futuro de tecnologia Nasdaq 100 tinha baixa de 8 pontos ou 0,14%.
Na última sexta-feira, relatórios de empregos positivos consolidaram expectativas de que o Fed aumentará a taxa de juros ao anunciar sua decisão de política monetária na quarta-feira.
Mercados apontam atualmente chances em torno de 91% de alta da taxa de juros, de acordo com o Monitor da Taxa da Reserva Federal do Investing.com.
“O relatório de empregos de sexta-feira fortaleceu a narrativa, mas o ponto crucial agora é o que será dito na declaração e na entrevista coletiva”, especialistas do IG afirmaram.
“Se a declaração do Fed, projeções e a entrevista coletiva não convencerem o mercado que um aumento dos juros em junho na sequência não está descartada, o dólar provavelmente terá grande venda já que posições obsoletas ficam à margem”, acrescentou Marc Chandler, especialista em modas da Brown Brothers.
De fato, mercados pareciam se dirigir para investimentos com pouco risco no dólar nesta segunda-feira, já que a moeda estava próxima de uma mínima em duas semanas.
O U.S. índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais moedas, teve queda de 0,27% chegando a 101,11 às 8h05 em horário de Brasília.
Ao mesmo tempo, o ouro se recuperou na segunda-feira, após estabelecer previamente a mínima pela nona sessão consecutiva na sexta-feira, atingindo seu nível mais fraco desde 31 de janeiro em US$ 1.194,50 após dados positivos sobre o nível de emprego nos EUA fortalecerem as expectativas de um aumento da taxa de juros do Fed esta semana.
Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York, contratos futuros de ouro ganharam U$ 6,45, cerca de 0,54%, chegando a US$ 1.207,85 a onça troy por volta das 7h05 em horário local (8h05 em horário de Brasília).
Com relação a notícias de empresas, a (NASDAQ:INTC) relatou ter fechado acordo para adquirir a Mobileye (NYSE:MBLY), empresa israelense de tecnologia dedicada a sistemas de sensores que evitam colisões em automóveis, no valor entre US$ 14 e US$ 15 bilhões. De acordo com matéria do jornal financeiro israelense TheMarker, as empresas anunciarão oficialmente o acordo ainda na segunda-feira.
Enquanto isso, preços do petróleo caíram para seus níveis mais baixos em três meses nesta segunda-feira, apesar dos esforços da OPEP em reduzir a produção de petróleo bruto, sob influência dos exploradores de petróleo norte-americanos que aumentam o número de plataformas.
De acordo com dados divulgados na sexta-feira pela Baker Hughes, empresa fornecedora de serviços de petróleo, exploradores norte-americanos aumentaram o número de plataformas pela oitava semana consecutiva, aproveitando a recuperação dos preços graças aos cortes na produção para aumentar sua própria atividade.
Contratos futuros de petróleo bruto nos EUA caíram 0,82%, atingindo US$ 48,09 às 7h02em horário local (8h02 em horário de Brasília), enquanto o petróleo Brent tinha queda de 0,58%, com o barril negociado a US$ 51,07.
Por outro lado, a eleição holandesa na quarta-feira está sendo vista como um termômetro da disseminação do populismo na Europa, em particular antes da eleição francesa no próximo mês, bem como as que ocorrerão na Alemanha em setembro.
Pesquisas de opinião sugerem que Geert Wilders, nacionalista holandês do Partido da Liberdade, de direita, que deseja retirar a Holanda da União Europeia e interromper a imigração de muçulmanos, perdeu a liderança para oponentes tradicionais.
Entretanto, investidores ficaram preocupados com a possibilidade de um resultado chocantes como o do Brexit ou a eleição de Trump.
No Reino Unido, especulações apontam para o fato de que Theresa May, primeira-ministra britânica pode acionar oficialmente o Artigo 50 na terça-feira quando ela atualiza o parlamento sobre a reunião do Conselho da UE na última semana. A imprensa tem relatado amplamente que o governo britânico está traçando um cenário no qual nenhum acordo comercial dom a União Europeia será afetado nos próximos dois anos.