Por Ana Julia Mezzadri
Investing.com - Nas costas de uma atualização para investidores publicada pela Gol nesta sexta-feira (9), em que a companhia apontou uma geração de caixa de cerca de R$ 1 milhão por dia em setembro, o Goldman Sachs vê com otimismo as atualizações da empresa e reitera recomendação de Compra, com preço-alvo de R$ 26,80 para GOLL4 e US$ 1,10 para a ARD GOL.
As ações GOLL4 fecharam o pregão em R$ 19,15, alta de 3,5%; enquanto a GOL terminou em US$ 7, alta de 4,7%.
O Goldman considera ainda que a empresa está bem posicionada para capturar o crescimento na demanda doméstica, além de potenciais ganhos de market share sobre o enfraquecimento da concorrência.
Além da geração de caixa de setembro, a empresa falou ainda sobre o consumo previsto para outubro, novembro e dezembro, de cerca de R$ 2 milhões por dia. Em setembro, a companhia tinha cerca de R$ 2,2 bilhões em liquidez total.
Em sua publicação, a Gol divulgou ainda suas projeções de capacidade: a aérea espera 60% da capacidade do mesmo mês de 2019 em outubro e alta de 120% no quarto trimestre em relação ao 3T. A empresa espera terminar o ano em 80% da capacidade doméstica do ano passado, o que está em linha com as expectativas do Goldman.
Em termos de frota, a expectativa da empresa é do retorno de mais quatro aeronaves até o fim do ano. Vale destacar que a Gol diz poder retirar mais 30 aeronaves em 2020 e 2021, se necessário.
A Gol disse ainda esperar manter os custos de pessoal em até 40% dos níveis pré-crise no 3T20.
Para o terceiro trimestre, a aérea espera que o PRASK (receita de passageiros dividida por assentos-quilômetro) fique em -16% em relação ao mesmo período do ano anterior, e a capacidade em cerca de -72%, projeções que estão em linha com as do banco.
Além disso, a empresa espera um CASK operacional exceto combustível (custo operacional dividido pelo total de assentos-quilômetro oferecidos) em alta de cerca de 9%. Como resultado, a margem Ebit, excluindo despesas não operacionais e depreciação da frota, deve ficar entre 4% e 6%.
Segundo o banco, os principais riscos para essas projeções são movimentações inesperadas nos preços do combustível, no real e na demanda, além de uma competição irracional.