Google fecha acordo para comprar energia de fusão da Commonwealth, derivada do MIT

Publicado 30.06.2025, 14:40
Atualizado 30.06.2025, 14:45
© Reuters. Logotipo do Google em centro de pesquisa da empresa em Mountain View, Califórnia, EUAn13/05/2025nREUTERS/Carlos Barria

Por Timothy Gardner

WASHINGTON (Reuters) - O Google, da Alphabet (NASDAQ:GOOGL), disse nesta segunda-feira que fechou um acordo para comprar energia de um projeto na Virgínia, nos Estados Unidos, alimentado por fusão, a reação que alimenta o Sol e as estrelas, mas que ainda não é comercial na Terra.

O Google assinou o que chamou de primeiro contrato corporativo direto de compra de energia (PPA) da tecnologia com a Commonwealth Fusion Systems (CFS), empresa derivada do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), fundada em 2018.

O acordo prevê a compra de 200 megawatts (MW) de energia do projeto ARC da CFS, que terá capacidade total de 400 MW. A empresa está desenvolvendo o projeto na Virgínia, onde fica o maior polo de data centers do mundo. Os detalhes financeiros do acordo não foram divulgados.

Físicos de laboratórios nacionais e empresas têm trabalhado por décadas tentando usar lasers ou, no caso da CFS, grandes ímãs para viabilizar reações de fusão, nas quais átomos leves se fundem, liberando grandes quantidades de energia.

Em 2022, o Laboratório Nacional Lawrence Livermore, na Califórnia, obteve um breve ganho líquido de energia em um experimento de fusão usando lasers.

Mas a obtenção do chamado "equilíbrio de engenharia", em que mais energia é gerada pela reação do que a energia total que é consumida em uma usina de fusão para dar início a uma reação, tem sido difícil. E para que uma usina gere energia a partir da fusão, as reações devem ser constantes, não raras.

"Sim, há alguns desafios sérios de física e engenharia que ainda temos que superar para torná-la comercialmente viável e escalável", disse Michael Terrell, chefe de energia avançada do Google, a repórteres em uma entrevista coletiva. "Mas é algo em que queremos investir agora para concretizar esse futuro."

À medida que a inteligência artificial e os data centers aumentam a demanda energética no mundo, o interesse na fusão cresce. Diferente da fissão nuclear, que divide átomos e gera grandes quantidades de resíduos radioativos, a fusão não produz esse tipo de resíduo e, se bem-sucedida, pode ajudar a combater as mudanças climáticas.

A CFS pretende gerar energia a partir do projeto ARC no início da década de 2030, mas ainda precisa superar alguns obstáculos científicos.

O Google também anunciou nesta segunda que está aumentando seu investimento na CFS, sem revelar o montante. O Google foi um dos investidores que aplicaram um total de US$1,8 bilhão na empresa em 2021.

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