RIO DE JANEIRO (Reuters) - O governo brasileiro quer que as indenizações para reparações do desastre de Mariana (MG), que envolveu uma barragem da Samarco em 2015, sejam pagas dentro dos menores prazos possíveis, disse nesta segunda-feira o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
Ele não quis "cravar" uma data para o acordo ser assinado com a Samarco e suas sócias, a Vale (BVMF:VALE3) e a BHP, mas disse que a questão do prazo para pagamento é um detalhe importante para que o acerto seja feito.
"É sempre importante que a gente tenha o menor prazo possível", disse Silveira a jornalistas, após a abertura da feira da petróleo e gás ROG.e.
O ministro reforçou que conta com o aval do presidente Lula para as negociações.
"Lula me deu como missão discutir a governança desses recursos indenizatórios que serão pagos", afirmou.
Ele reafirmou que o acordo na mesa em envolve pagamento de 100 bilhões de reais em dinheiro novo, totalizando 167 bilhões de reais.
O colapso de uma barragem da Samarco, em Mariana, ocorreu em novembro de 2015 e deixou 19 mortos, centenas de desabrigados, tendo atingido também florestas, comunidades e rios, incluindo o Doce, que deságua no litoral do Espírito Santo.
(Por Rodrigo Viga Gaier)