SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa buscava se sustentar no azul nesta terça-feira, com Vale (SA:VALE3) entre os principais suportes, na esteira de nova máxima de preços dos contratos futuros do minério de ferro na China.
Às 11:42, o Ibovespa, índice de referência do mercado acionário brasileiro, subia 0,51 %, a 104.330,93 pontos. O volume financeiro somava 3,76 bilhões de reais.
No exterior, Wall Street não mostrava um tendência clara, corroborando para a volatilidade no pregão brasileiro, em meio a resultados corporativos e expectativas para a fala do chairman do Federal Reserve, Jerome Powell, no começo da tarde.
O S&P 500 tinha oscilação negativa de 0,03%.
DESTAQUES
- Vale (SA:VALE3) subia 1,3%, conforme os futuros do minério de ferro na China renovaram máximas. O movimento ocorre após acordo da companhia com o Ministério Público do Trabalho de Minas Gerais (MPT-MG) envolvendo pagamento de 400 milhões de reais pela Vale a título de dano moral coletivo causado a trabalhadores da mina em Brumadinho (MG), cujo rompimento de barragem no início do ano deixou centenas de mortos. A Vale disse que ajustará provisões por Brumadinho no resultado do segundo trimestre.
- B3 (SA:B3SA3) avançava 1,7%, corroborando o viés positivo. Relatório do Credit Suisse reiterou recomendação 'outperform' e elevou o preço-alvo de 35 para 48 reais. A análise citou perspectivas de melhores resultados em razão de maiores volumes negociados.
- Itau Unibanco PN (SA:ITUB4) ganhava 0,6%, endossando a alta, assim como Bradesco PN (SA:BBDC4), que subia 0,3%.
- Gol (SA:GOLL4) valorizava-se 3,25%, conforme alguns analistas veem a empresa como principal beneficiada com a situação da Avianca Brasil, em recuperação judicial e com operações suspensas no país.
- Klabin (SA:KLBN11) mostrava elevação de 2,3%, em sessão positiva para o setor de papel e celulose na bolsa, com Suzano (SA:SUZB3)em alta de 2,4%, apesar de analistas ainda citarem pouca visabilidade para o cenário de preços de celulose. Em relatório de análise de crédito, o Bradesco BBI destacou que, apesar dos investimentos estimados para o projeto Puma II, a alavancagem financeira da Klabin não deve alcançar os níveis elevados de investimentos anteriores.
- MRV (SA:MRVE3) tinha alta de 2,6%, um dia após a construtora reportar que teve alta de 5,8% nos lançamentos do segundo trimestre sobre o mesmo período do ano passado, enquanto as vendas avançaram 2,7% na mesma comparação. Cyrela (SA:CYRE3), que também divulgou prévia operacional na segunda-feira, abriu em forte alta, mas perdeu o fôlego e mostrava variação positiva de apenas 0,3%.
- PETROBRAS PN (SA:PETR4) subia 0,25% e PETROBRAS ON (SA:PETR3) avançava 0,4%, com alta dos preços do petróleo no exterior. A companhia iniciou fase não vinculante referente à primeira etapa da venda de ativos em refino e logística associada no país, que inclui quatro refinarias.
- SABESP (SA:SBSP3) recuava 1,5%, entre as principais baixas, após ter renovado recentemente máxima histórica em meio a expectativas ligadas a uma eventual privatização da companhia de água e esgoto do Estado de São Paulo.
- Braskem (SA:BRKM5) cedia 1%. O HSBC cortou o preço-alvo das ações da petroquímica de 59 para 40 reais.
- Oi PN (SA:OIBR4) subia 1,8% e a ON (SA:OIBR3) exibia estabilidade, após divulgar plano estratégico que prevê arrecadar de 6,5 bilhões a 7,5 bilhões de reais com a venda de ativos não essenciais para a operação até 2021. A operadora de telecomunicações também fez projeções de receita e desempenho operacional nos próximos anos.
(Edição Alberto Alerigi Jr.)