Ibovespa avança com apoio Itaú em sessão sem Wall St; Raízen recua

Publicado 17.02.2025, 11:18
Atualizado 17.02.2025, 13:45
© Reuters

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa avançava nesta segunda-feira, renovando máxima intradia do ano e mirando os 129 mil pontos, tendo as ações do Itaú entre os principais suportes, enquanto os papéis da Raízen chegaram a cair mais de 7% após balanço trimestral.

Às 11h05, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, subia 0,47%, a 128.819,09 pontos, tendo chegado a 128.914,09 pontos na máxima até o momento.

O volume financeiro somava 2,6 bilhões de reais, em sessão que deve ter liquidez reduzida dado o fechamento das bolsas norte-americanas em razão de feriado nos Estados Unidos.

De acordo com analistas do BB Investimentos, o Ibovespa ensaia recuperar os patamares de pontuação perdidos em dezembro, ocasião em que a elevação nas taxas de juros (e sinalização de altas posteriores) prejudicou a performance da renda variável.

"Esse recente movimento de alta pode sinalizar maiores expectativas em relação ao crescimento dos lucros na temporada de balanços em curso, ou mesmo uma eventual percepção de que as taxas de juros podem ter uma curva descendente mais forte a partir de 2026, o que, se concretizado, tende a favorecer o investimento em ações", afirmaram em análise gráfica semanal.

Na sexta-feira, o Ibovespa fechou em alta de 2,7%, acumulando na semana um ganho de 2,89%.

Na visão do analista de investimentos Alison Correia, sócio-fundador da Dom Investimentos, pesquisas mostrando piora na avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva também estão por trás do movimento recente na bolsa.

"O mercado entende que se continuar assim ou se parar desse mesmo jeito, as chances do Lula se reeleger nas eleições de 2026 começam a ficar cada vez menores", afirmou. "Além disso, acredito que talvez ele tenha um choque de realidade da gestão e, de repente, comece a tomar medidas mais assertivas."

Uma das principais críticas de agentes do mercado ao atual governo é no campo fiscal, particularmente a falta de comprometimento com uma trajetória fiscal responsável e uma gestão prudente das contas públicas.

Da agenda macroeconômica, o IBC-Br, calculado pelo Banco Central e considerado um sinalizador do PIB, caiu 0,7% em dezembro sobre o mês anterior, em dado dessazonalizado, enquanto economistas estimava declínio de 0,4%.

Foi o resultado mensal mais fraco desde maio de 2023 (-1,72%), levando o índice a fechar o quarto trimestre com estagnação na comparação com os três meses anteriores, em dado dessazonalizado.

DESTAQUES

- ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) subia 0,89%, com o setor como um todo no azul. BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) avançava 0,33%, BANCO DO BRASIL ON (BVMF:BBAS3) tinha elevação de 0,63% e SANTANDER BRASIL UNIT (BVMF:SANB11) ganhava 0,15%.

- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) mostrava acréscimo de 0,16%, em meio a variações modestas dos preços do petróleo no exterior. PETROBRAS ON (BVMF:PETR3) registrava alta de 0,24%.

- VALE ON (BVMF:VALE3) cedia 0,05%, enfraquecida pelo declínio dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na Dalian Commodity Exchange fechou o dia com declínio de 0,92%.

- RAÍZEN PN (BVMF:RAIZ4) recuava 2,26%, distanciando-se da mínima mais cedo, quando caiu mais de 7%, após reportar na sexta-feira prejuízo líquido de R$2,57 bilhões no terceiro trimestre da safra 2024/25 (outubro/dezembro).

- MAGAZINE LUIZA ON (BVMF:MGLU3) avançava 6,5%, em pregão de modo geral mais positivo para ações sensíveis a juros dado o declínio nas taxas dos DIs com prazos mais longos. O índice do setor de consumo ganhava 1,29%.

- MÉLIUZ ON, que não faz parte do Ibovespa, caía 12,21%, após o banco BV decidir não exercer a opção de compra das ações da companhia. Também foram feitos ajustes no acordo comercial entre ambos e atualização de diretrizes para 2025.

- SERENA ON, que não faz parte do Ibovespa, subia 2,38%, ampliando os ganhos da semana passada. A companhia divulgou mais cedo que ela e seus principais acionistas têm sido abordados com maior frequência por investidores.

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