MDNE3: Moura Dubeux bate consenso de receita e lucro no 2T25; rali continua?
Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa avançava nesta terça-feira, com Embraer entre os destaque positivos após encomenda da japonesa ANA, enquanto Marcopolo e MRV&Co figuravam na ponta negativa em meio a repercussão dos respectivos resultados trimestrais.
Às 11h05, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, subia 0,59%, a 126.139,127 pontos, após fechar com uma queda de mais de 1% na véspera. O volume financeiro somava R$2,68 bilhões.
Investidores também repercutiam o IPCA-15 de fevereiro, que subiu 1,23% em fevereiro, maior taxa desde abril de 2022, após aumento de 0,11% em janeiro. Pesquisa Reuters mostrava previsão de avanço de 1,33%. Em 12 meses, chegou a 4,96%.
Economistas do Itaú destacaram que o dado veio abaixo das expectativas, com surpresa concentrada em passagens aéreas, indicando que houve algum "payback" em relação à surpresa altista do mês anterior.
"Em relação aos núcleos, por outro lado, os serviços subjacentes vieram em linha com nossa expectativa e seguem indicando um qualitativo ruim para a inflação", acrescentaram em relatório enviado a clientes.
Também no radar, conforme destacou a equipe da Ágora Investimentos, estão potenciais ações do governo, ainda não contempladas em orçamento, que aumentam as dúvidas sobre o quadro fiscal do país.
DESTAQUES
- LWSA ON (BVMF:LWSA3) avançava 6,43%, experimentando uma trégua na pressão vendedora, após sessões consecutivas de queda, período em que acumulou declínio de 19%, com a ação fechando na véspera em uma mínima desde março de 2020, a R$2,80. O respiro é apoiado no alívio nas taxas dos contratos de DI.
- EMBRAER ON (BVMF:EMBR3) subia 4,73% após a companhia aérea japonesa ANA Holdings anunciar nesta terça-feira que vai encomendar pelo menos 77 aeronaves, das quais 20 serão da Embraer, em um pedido com investimento total previsto de US$14 bilhões. A empresa disse que a encomenda para a Embraer envolve 20 jatos E190-E2, sendo 15 pedidos firmes e mais cinco opções.
- ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) valorizava-se 0,86%, em dia mais positivo para o setor, com BANCO DO BRASIL ON (BVMF:BBAS3) em alta de 0,65%, BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) ganhando 0,69% e SANTANDER BRASIL UNIT (BVMF:SANB11) mostrando acréscimo de 0,8%.
- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) subia 0,45%, descolada da fraqueza dos preços do petróleo no exterior, com as atenções voltadas para o balanço da estatal na quarta-feira, após o fechamento, principalmente anúncio envolvendo dividendos. A presidente da companhia, Magda Chambriard, afirmou na véspera que o campo de Búzios atingiu recorde de produção de petróleo.
- AUREN ENERGIA ON (BVMF:AURE3) caía 6,57% após mostrar prejuízo líquido de R$363,6 milhões no quarto trimestre de 2024, revertendo o lucro de R$220,2 milhões de um ano antes. O Ebitda ajustado proforma caiu 12,7%. Executivos afirmaram que a Auren desenvolverá o projeto eólico Cajuína 3, que agregará 112 megawatts (MW) de potência a um cluster no Rio Grande Norte.
- MARCOPOLO PN (BVMF:POMO4) recuava 3,73% mesmo após a maior montadora de carrocerias de ônibus da América Latina divulgar alta de 60,5% no resultado operacional no quarto trimestre, com expansão de 30,1% na receita, para R$2,7 bilhões. A companhia também disse que espera volumes crescentes ara 2025, mesmo em um cenário de altas taxas de juros.
- MRV&CO ON (BVMF:MRVE3) caía 1,68% tendo como pano de fundo balanço do quarto trimestre do ano passado com prejuízo ajustado de R$153,8 milhões, acima do resultado negativo de R$125,5 milhões de um ano antes. A MRV Incorporação, principal unidade do grupo, teve lucro de R$78 milhões. A Resia, operação da MRV&Co nos EUA, teve prejuízo de R$237,2 milhões.
- VALE ON (BVMF:VALE3) perdia 0,54%, acompanhando o movimento dos futuros de minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian fechou em queda de 2,17%, a 813 iuanes (US$111,97) a tonelada.