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Ibovespa avança mais de 2% apoiado por Wall St. e guiado por bancos e Vale

Publicado 16.02.2016, 18:44
Ibovespa avança mais de 2% apoiado por Wall St. e guiado por bancos e Vale
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Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice da Bovespa fechou em forte alta nesta terça-feira, no terceiro pregão seguido no azul, guiado pela forte alta das ações dos bancos e dos papéis de mineradoras e siderúrgicas, em movimento endossado por ganhos em Wall Street.

O Ibovespa subiu 2,13 por cento, a 40.948 pontos. O volume financeiro, porém, somou apenas 5,24 bilhões de reais - em linha com a reduzida média diária do ano, de 5,3 bilhões de reais, ante média de 7,3 bilhões de 2015.

Nos Estados Unidos, a trajetória positiva foi amparada nas chamadas buscas por barganhas, conforme índices como o S&P 500 acumulam em 2016 perda ao redor de 7 por cento. Nesta sessão, o S&P 500 ganhava 1,5 por cento.

No fronte doméstico, notícias corporativas também repercutiram no pregão, enquanto a pauta macroeconômica mostrou queda histórica de 4,3 por cento nas vendas do varejo em 2015 frente a 2014.

Profissionais do mercado também citaram o vencimento do contrato futuro do Ibovespa na quarta-feira como mais um componente para a alta. Conforme dados da BM&FBovespa (SA:BVMF3), a posição líquida de estrangeiros em contratos em aberto do Ibovespa futuro estava comprada em 150.486 contratos até a véspera.

O trader Thiago Montenegro, da Quantitas Asset Management, observa que o investidor local estava muito vendido no contrato futuro, então movimentos de zeragem de posição por causa do vencimento podem pressionar os preços, embora seja difícil dimensionar o tamanho do impacto.

Montenegro acrescenta que estrangeiros estão bem presentes nesse avanço da Bovespa, mas que também há investidores vendo o possível fim do ciclo de aumento na taxa de juros no Brasil como suporte para bolsa.

As taxas da maioria dos contratos de DI recuaram nesta terça-feira, com a chance de manutenção da Selic em março ganhando ainda mais força.

DESTAQUES

- BRADESCO subiu 3,58 por cento e ITAÚ UNIBANCO avançou 2,43 por cento, respondendo pelo principal suporte para a alta do Ibovespa em razão do relevante que peso que ambos detêm no índice.

- VALE encerrou com as preferenciais de classe A com ganho de 6,03 por cento e os papéis ordinários com elevação de 7,42 por cento, em dia de nova alta dos preços do minério de ferro à vista na China.

- GERDAU saltou 8,18 por cento, liderando o forte avanço o setor siderúrgico no Ibovespa. CSN (SA:CSNA3) disparou 8,05 por cento e USIMINAS avançou 4,44 por cento. Apesar de fortes ganhos, Usiminas (SA:USIM5) e Gerdau (SA:GGBR4) ainda acumulam perdas em 2016, de cerca de 39 e 12 por cento, respectivamente. CSN, por sua vez, acumula alta de 10,75 por cento.

- FIBRIA avançou 7,95 por cento e SUZANO PAPEL E CELULOSE valorizou-se 6,58 por cento, amparadas na alta do dólar frente ao real e dados semanais mostrando que preços de celulose de fibra curta - fabricada por ambas as companhias - ficaram praticamente estáveis na China e Europa após quedas recentes. No ano, os papéis contabilizam perda ao redor de 21 por cento cada.

- TIM PARTICIPAÇÕES fechou com elevação de 3,45 por cento, em dia positivo no setor de telecomunicações e planos de investimentos no país pela controladora Telecom Italia no radar. Em teleconferência à tarde, entre várias questões, a Telecom Italia reiterou que não houve até o momento discussões entre a TIM e a concorrente Oi sobre alianças. O papel da Oi subiu 6,88 por cento e a ação da concorrente TELEFÔNICA BRASIL ganhou 5,41 por cento.

- PETROBRAS fechou em queda de 1,77 por cento nas preferenciais e de 2,18 por cento nas ações ordinárias, conforme o petróleo (CLc1) perdeu o fôlego da manhã e fechou em baixa no exterior. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse ter a expectativa de votar na quarta-feira no plenário projeto que elimina a obrigatoriedade de a Petrobras (SA:PETR4) participar das explorações do petróleo da camada do pré-sal, tema que está sob atenção de investidores.

- PDG REALTY, que não faz parte do Ibovespa, saltou 38,34 por cento, em nova sessão de forte alta, com o ganho no ano alcançando quase 270 por cento. Na sequência, ROSSI RESIDENCIAL avançou 21 por cento.

(Edição Alberto Alerigi Jr.)

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