Ibovespa oscila pouco em meio a avanço de Vale e queda de Petrobras

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa tinha variações modestas nesta sexta-feira, com as ações da Vale entre os principais suportes positivos, endossadas pela alta dos futuros do minério de ferro na China, enquanto os papéis da Petrobras pesavam na ponta negativa, acompanhando o declínio do petróleo no exterior.

Às 11h35, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, avançava 0,12%, a 141.541,24 pontos, tendo oscilado entre a máxima de 142.273,75 pontos e a mínima de 141.242,91 pontos até o momento. O volume financeiro somava R$5,6 bilhões.

Na visão de analistas do Itaú BBA, o Ibovespa segue em um movimento de realização de lucros e possui suporte importante em 141.300 pontos, um patamar que mantém o índice em tendência de alta no curto prazo. "A tendência de alta está por um fio", afirmaram no relatório Diário do Grafista

"Se perder a mínima, em 141.000 pontos, o índice encontrará próximos suportes em 139.300, 137.000 e 131.500 pontos (forte). Em caso de recuperação, acrescentam o Ibovespa encontrará resistências em 143.300, 144.700, 146.000 e a máxima deixada em 147.578 pontos", acrescentaram.

O Ibovespa acumula um declínio de mais de 3% em outubro, após renovar máximas em setembro, quando ampliou a alta em 2025 para cerca de 22%.

DESTAQUES

- PETROBRAS PN caía 0,89%, acompanhando o movimento dos preços do petróleo no exterior, onde o barril sob o contrato Brent perdia 2,25%. PETROBRAS ON perdia 0,96%.

- VALE ON subia 0,9%, endossada pelo avanço dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian subiu 1,02%, a 795 iuanes (US$111,56) a tonelada.

- BRASKEM PNA recuava 4,29%, tendo como pano de fundo relatório de analistas do Citi cortando a recomendação dos papéis para neutra/alto risco e o preço-alvo de R$11 para R$8.

- DIRECIONAL ON perdia 2,61%, após prévia operacional do terceiro trimestre, em dia negativo para o setor. Também no radar está anúncio de novo modelo de crédito imobiliário pelo governo federal.

- ENGIE BRASIL ON avançava 3,51%, em pregão positivo para o setor elétrico (IEE).

- AMBIPAR ON, que não faz parte do Ibovespa, disparava 37,5%, tendo no radar comunicação da empresa de que o controlador teve sua participação acionária reduzida de 73,48% para 67,68%, com ele citando "alienação irregular".

(Por Paula Arend Laier; Edição de Pedro Fonseca e Michael Susin)