Ibovespa cai 0,95%, aos 127,3 mil pontos, em correção nas ações de bancos

Publicado 19.02.2025, 18:40
© Reuters Ibovespa cai 0,95%, aos 127,3 mil pontos, em correção nas ações de bancos

O Ibovespa desceu um degrau após ter permanecido na casa de 128 mil pontos nas três sessões anteriores, hoje em baixa de 0,95%, aos 127.308,80, com giro a R$ 19,9 bilhões, tendo subido ontem a quase R$ 23 bilhões. Nesta quarta-feira, o índice da B3 (BVMF:B3SA3) oscilou dos 127.028,24 até os 128.528,28 pontos, correspondendo a máxima do dia ao nível de abertura. Na semana, o Ibovespa oscila para baixo (-0,71%), ainda acumulando alta de 0,93% no mês. No ano, sobe 5,84%.

Petrobras (BVMF:PETR4), que resistia até o meio da tarde, passou a operar sem direção única, mas conseguiu fechar em alta de 0,40% na ON e de 0,21% na PN. Vale ON (BVMF:VALE3) perdeu 0,09%, limitando o ajuste no encerramento, enquanto a correção entre os grandes bancos ficou entre -0,93% (Itaú (BVMF:ITUB4) PN) e -2,00% (Banco do Brasil (BVMF:BBAS3) ON). Em paralelo, o dólar à vista fechou a sessão em alta de 0,66%, a R$ 5,7267.

Na ponta ganhadora do Ibovespa, CPFL (BVMF:CPFE3) (+1,72%), Caixa Seguridade (BVMF:CXSE3) (+1,06%), SLC (+0,98%), Embraer (BVMF:EMBR3) (+0,66%) e Suzano (BVMF:SUZB3) (+0,64%) - com as ações da fabricante de aviões e da empresa do setor de papel e celulose sendo beneficiadas pelo avanço do dólar frente ao real, com exposição a receitas derivadas de exportações. No lado oposto, CVC (BVMF:CVCB3) (-9,31%), LWSA (BVMF:LWSA3) (-8,18%), Pão de Açúcar (BVMF:PCAR3) (-7,17%), Vamos (-5,27%) e Localiza (BVMF:RENT3) (-4,84%) - empresas em geral sensíveis a juros e correlacionadas ao ciclo doméstico, que refletiram, hoje, o "repique de alta" na curva do DI, aponta Anderson Silva, head de renda variável e sócio da GT Capital.

No quadro mais amplo, ele nota "um movimento de correção natural no Ibovespa, após o início do atual movimento altista de curto prazo, que começou em 14 de janeiro, em uma região importante para o mercado, na faixa dos 120 mil pontos". E destaca a boa temporada de resultados trimestrais de empresas listadas na B3, com apenas "algumas exceções" a mostrar dissonância.

"Dia difícil para o mercado brasileiro, de correção natural desde cedo para os ativos locais. E com a ata do Fed trazendo poucas novidades à tarde, com tendência de manutenção da pausa nos cortes de juros americanos por mais tempo conforme as falas mais recentes de autoridades do BC dos Estados Unidos", diz Matheus Spiess, analista da Empiricus Research.

O mercado segue atento aos sinais de inflação por lá, já que uma eventual retomada do ciclo de alta de juros americanos poderia impactar diretamente os mercados emergentes, observa Silva, da GT Capital. Tal indefinição, segundo ele, em parte explica o fluxo de capital ainda "tímido" para a Bolsa brasileira - apesar da "luz no fim do túnel", ante a chance de encerramento próximo do ciclo de alta da Selic. "É o momento em que os investidores mais propensos a risco começam a buscar exposição à renda variável", acrescenta.

"Dia de realização por aqui, destoando de Nova York, em especial o setor financeiro na B3, em ajuste mais acentuado em sessão sem muitos gatilhos ou notícias específicas para a correção, após a recente recuperação", diz Rodrigo Moliterno, head de renda variável da Veedha Investimentos. Em Nova York, o fechamento foi em variação discreta, entre +0,07% (Nasdaq) e +0,24% (S&P 500).

Na ata da mais recente reunião de política monetária do Federal Reserve, divulgada nesta tarde, a instituição apontou que os indicadores recentes sugerem que a atividade econômica dos Estados Unidos segue em "ritmo sólido" - e reforçou que a taxa de desemprego se manteve baixa, o que resultou em recuo na trajetória dos juros longos americanos a partir da ata, na sessão.

"A mensagem principal que se extrai da ata é a preocupação renovada com a dinâmica inflacionária. Além de reafirmar a estabilidade da inflação acima da meta nos últimos meses, atenta para a assimetria altista no balanço de riscos e, pela primeira vez, alerta para os potenciais impactos das políticas comerciais e imigratórias do novo governo", avalia Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad.

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