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Ibovespa cai 2,86%, a 111,0 mil pontos, e cede 4,39% na semana

Publicado 22.04.2022, 15:07
© Reuters.  Ibovespa cai 2,86%, a 111,0 mil pontos, e cede 4,39% na semana
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Na volta do feriado de Tiradentes, o Ibovespa se ajustou a dois dias negativos em Nova York - o de ontem (21) e o de hoje (22) -, com os mercados, aqui e fora, ponderando declarações "hawkish" do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, de que o ritmo de elevação dos juros de referência nos Estados Unidos pode vir a ser um "pouco" mais rápido, para se contrapor ao avanço da inflação. No Brasil, a canetada do presidente Jair Bolsonaro, em decreto no feriado para tentar salvar o deputado Daniel Silveira do cumprimento de pena decidida, um dia antes, pelo Supremo Tribunal Federal, reacende a temperatura do relacionamento institucional, a seis meses da eleição.

Assim, em sua maior perda em porcentual desde a sessão de 26 de novembro passado (-3,39%), o Ibovespa fechou nesta sexta-feira em baixa de 2,86%, a 111.077,51 pontos, emendando a quinta queda diária e a terceira semanal. Hoje, oscilou entre mínima de 110.590,55 e máxima de 114.343,30, equivalente à abertura. Na semana, a perda acumulada foi de 4,39%, ampliando a do mês a 7,43% - no ano, os ganhos são limitados agora a 5,97%. O giro foi de R$ 33,8 bilhões na sessão. No fechamento, o Ibovespa mostrava o menor nível de encerramento desde 15 de março, então a 108.959,30 pontos. No acumulado da semana (-4,39%), o intervalo foi o pior desde outubro de 2021, quando chegou a ceder 7,28% em uma semana.

"A semana se encerra com cara de segunda-feira, em meio a ainda mais discussões sobre inflação e juros ao redor do mundo. Seguiremos vivendo um ano desafiador, marcado por preços mais altos e crescimento mais baixo", aponta Rachel de Sá, chefe de economia da Rico Investimentos. Ela observa também que a "onda positiva de commodities surfada nos últimos meses" está sendo colocada em dúvida, ante os sinais de desaceleração econômica especialmente na China, o que se traduz agora em cautela e em aversão a risco, no Brasil e no mundo.

Hoje, a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, afirmou que a inflação "seguirá conosco por mais um tempo", no quadro atual. Durante entrevista à emissora CNBC, ela disse haver a possibilidade de que proibição de importações do setor de energia da Rússia acabe por levar os preços para cima pelo mundo.

Os mercados devem continuar atentos a sinais sobre juros e inflação na próxima semana, com a aproximação de maio, em que Copom, aqui, e Fomc, nos Estados Unidos, voltam a se reunir para deliberar sobre a política monetária.

A atenção do mercado estará concentrada, na quarta-feira, na leitura do IPCA-15 referente a abril, a ser divulgada às 9h pelo IBGE. No exterior, logo cedo na sexta-feira, haverá os dados de inflação de abril e o PIB da zona do euro no primeiro trimestre, enquanto, nos Estados Unidos, serão conhecidos, às 9h30, os dados sobre renda e gastos pessoais, bem como a leitura sobre o PCE, métrica preferida do Federal Reserve para acompanhamento da inflação ao consumidor no país - essas divulgações referem-se a março.

"Nos Estados Unidos, o mercado refletiu as declarações mais duras, de ontem, do Jerome Powell, em que o presidente do Fed sinalizou a possibilidade de aumento de 0,50 ponto porcentual na taxa de juros americana, em maio. Há atenção à inflação, que não arrefece. E também os resultados aquém do esperado para o mercado em alguns casos contribuiu para pressionar as bolsas em Nova York, com a perspectiva de um aumento mais forte dos juros por lá, a um ritmo que pode chegar a 0,75 ponto em breve", diz Rodrigo Moliterno, head de renda variável da Veedha Investimentos.

"Em Nova York, os resultados e as margens vieram especialmente fracos nas empresas de crescimento, mais alavancadas e mais dependentes de financiamento barato para trazer rentabilidade aos investidores. O posicionamento mais contracionista do Fed mostra que a liquidez deve diminuir, o que resulta também em redução da demanda agregada", diz Davi Lelis, especialista da Valor Investimentos.

Nesta sexta-feira, as perdas se distribuíram pelas ações e setores de maior peso no Ibovespa, como commodities (Vale ON (SA:VALE3) -5,80%, Petrobras ON (SA:PETR3) -4,98%), siderurgia (CSN ON (SA:CSNA3) -7,68%) e bancos (BB (SA:BBAS3) ON -2,08%, Itaú (SA:ITUB4) PN -1,95%). Na ponta negativa do Ibovespa, CSN ON, à frente de Locaweb (SA:LWSA3) (-6,29%) e de Vale ON. No lado oposto, Copel (SA:CPLE6) (+1,63%), Raia Drogasil (SA:RADL3) (+0,22%) e Ambev (SA:ABEV3) (+0,14%), os três componentes do Ibovespa que conseguiram fechar o dia com ganhos, ainda que leves.

As expectativas do mercado financeiro para o desempenho das ações no curtíssimo prazo ficaram mais distribuídas para os polos de alta e de baixa, embora com preponderância dos que esperam avanço, conforme o Termômetro Broadcast Bolsa desta sexta-feira. O porcentual dos que acreditam em alta na próxima semana está agora em 58,33%, enquanto para a semana que agora chega ao fim a expectativa de ganho no período correspondia a 53,85% das respostas. Os que esperam queda das ações na próxima semana correspondem agora a 25,00%, comparados a 7,69% no levantamento anterior. E, entre os que apostam em estabilidade, a fatia caiu agora para 16,67%, frente a 38,46% na pesquisa anterior.

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