Investing.com - O Ibovespa derrete 4,12%, aos 106.221 pontos, às 15h17 desta tarde, alcançando a mínima em oito meses, enquanto o dólar dispara 2,58%, a R$ 5.6900.
O clima ruim ligado ao risco fiscal trazido pelo Auxílio Brasil, o novo Bolsa Família, azedou ainda mais com o presidente Jair Bolsonaro prometendo pagar um “Auxílio Diesel” a 750 mil caminhoneiros. A origem dessa verba não foi anunciada.
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Hoje, 21, caminhoneiros autônomos entraram em greve em Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro, contra a alta do diesel. Na semana passada, o preço médio do diesel no país bateu R$ 4,976 por litro, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP).
Mais cedo, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) divulgou a nova tabela de preços mínimos do frete rodoviário com reajustes médios de 4,54% a 5,90%, dependendo do tipo de veículo e classe de carga.
Segundo o Broadcast/Estadão, o auxílio pode ser de R$400 até final de 2022 e poderia custar 4 bilhões de reais.
Preocupado com a insatisfação de setores da sociedade com o aumento nos preços dos combustíveis, o presidente Bolsonaro tem culpado governadores pela alta, alegando que eles estariam se apropriando indevidamente de uma arrecadação maior de ICMS em um momento em que o dólar e o preço do insumo disparam no mercado internacional.
Porém, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou nesta quinta-feira que os Estados não são os únicos responsáveis pela alta dos combustíveis. Pacheco acredita que a Petrobras (SA:PETR4) deveria fazer parte das conversas para encontrar uma solução para o problema da política de preços.
Os governadores tentam evitar a votação no Senado de uma proposta, recém-aprovada pela Câmara dos Deputados, que fixa por um ano a alíquota do ICMS sobre combustíveis. Os Estados alegam que isso os faria perder R$ 24 bilhões, se a proposta entrar em vigor.