Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa avançava nesta quarta-feira, reagindo após quatro quedas seguidas e descolando do viés negativo de praças acionárias no exterior, com Embraer e Petz entre os destaques positivos, enquanto Azul figurava entre as poucas quedas.
Por volta de 10h35, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, subia 1,13%, a 135.874,88 pontos, após perder mais de 2% nos últimos quatro pregões. O volume financeiro somava 2,06 bilhões de reais.
Na visão de analistas do Itaú BBA, após a queda da véspera, o Ibovespa está próximo ao suporte em 133.800 pontos, que se for perdido abrirá espaço para uma realização de lucros mais acentuada, conforme relatório Diário do Grafista.
"Neste caso, o próximo suporte está em 131.800 pontos – patamar que mantém o índice em tendência de alta no curto prazo", afirmaram, acrescentando que, do lado da alta, a máxima de 137.469 pontos fica como referência para os próximos dias.
"O Ibovespa segue com cenário de alta e os próximos objetivos estão em 141.000 e 150.000 pontos."
Em Wall Street, as bolsas abriram em queda, seguindo o tom dos pregões na Europa e Ásia, em meio a novas preocupações sobre a saúde da economia dos Estados Unidos enquanto aguardam dados do mercado de trabalho, principalmente os de sexta-feira.
DESTAQUES
- PETZ ON (BVMF:PETZ3) valorizava-se 5,18%, após anunciar nesta quarta-feira que seu conselho de administração aprovou a distribuição de dividendos intermediários no valor de 130 milhões de reais, com pagamento em 29 de novembro. As ações serão negociadas “ex-dividendos” a partir de 14 de novembro.
- EMBRAER ON (BVMF:EMBR3) avançava 4,7%, renovando máxima histórica intradia, quando bateu 48,69 reais no melhor momento, enquanto muitos analistas veem espaço para a ação continuar subindo dado o forte "momentum" operacional da fabricante de aviões. Em 2024, o papel sobe 117%.
- AZUL PN (BVMF:AZUL4) recuava 1,65%, revertendo ganhos da abertura, conforme persistem as preocupações com o endividamento da companhia aérea. O blog Pipeline do Valor Econômico publicou na terça-feira que a empresa está negociando com arrendadores de aeronaves a extensão do lock-up para a conversão em ações dos cerca de 570 milhões de dólares em títulos que eles receberam como parte da renegociação de dívida em outubro de 2023.
- VALE ON (BVMF:VALE3) subia 0,39%, experimentando um "respiro" após duas quedas seguidas, apesar do novo recuo dos futuros do minério de ferro na China. O contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian encerrou o pregão diurno com queda de 3,09%, a 689,5 iuans (96,95 dólares) a tonelada métrica, seu nível mais fraco desde agosto de 2023.
- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) mostrava acréscimo de 0,44%, mesmo com a manutenção da fraqueza dos preços do petróleo no exterior após o tombo da véspera. O barril de Brent, usado como referência pela estatal, cedia de 0,65%, a 73,27 dólares. A Petrobras precificou na véspera emissão de 1 bilhão de dólares em títulos no exterior a 6,00% com vencimento em janeiro de 2035
- ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) ganhava 1,49%, enquanto BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) subia 1,33%.
- PRIO ON (BVMF:PRIO3) tinha acréscimo de 0,14%, após divulgar que sua produção diária total em agosto somou 71,7 mil barris de óleo equivalente por dia (boepd), após 67,7 mil alcançados em julho. As vendas de óleo da companhia em agosto atingiram 954,8 mil barris (bbl), contra 1,84 milhão no mês anterior.
- BRASILAGRO ON, que não está no Ibovespa, avançava 1,57% após a companhia que afirma ser líder em comercialização e desenvolvimento de propriedades rurais estimar aumento de 4% na área de plantada para a safra 2024/2025 ante o realizado na safra anterior, para 178,9 mil hectares.
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