Ibovespa fecha em alta com forte avanço de Petrobras e alívio na inflação

Publicado 10.06.2025, 17:06
Atualizado 10.06.2025, 17:55
© Reuters. Painel de cotações na B3 em São Paulon04/04/2025 REUTERS/Amanda Perobelli

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em alta nesta terça-feira, com as ações da Petrobras entre os principais suportes, em pregão também marcado por dados mostrando que a inflação no país desacelerou mais do que o previsto em maio.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,54%, a 136.436,07 pontos, após marcar 135.716,01 pontos na mínima e 137.369,35 pontos na máxima do dia. O volume financeiro somava R$20,65 bilhões.

"Um dos principais motivos da alta da bolsa hoje é a divulgação do IPCA de maio, que veio abaixo do esperado, um número bom", afirmou Willian Queiroz, sócio e advisor da Blue3 Investimentos.

Antes da abertura, o IBGE mostrou que o IPCA aumentou 0,26% em maio, após avanço de 0,43% em abril, passando a acumular em 12 meses alta de 5,32%, contra 5,53% antes. Pesquisa da Reuters apontava altas de 0,33% no mês e de 5,40% em 12 meses.

Para Queiroz, os números alimentam expectativas de que o Banco Central possa optar por manter a Selic em 14,75% na próxima semana e abrem espaço para "começar a torcer" pela queda da taxa básica de juros.

Investidores também continuaram digerindo notícias sobre um pacote fiscal prometido pelo governo para recalibrar o decreto que elevou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

O ministro da Fazenda confirmou que o governo vai propor uma alíquota unificada de 17,5% de Imposto de Renda sobre rendimentos de aplicações financeiras, bem como aumento da tributação de Juros sobre Capital Próprio (JCP) de 15% para 20%.

Em Wall Street, o S&P 500 fechou em alta de 0,55%, enquanto o rendimento do título de 10 anos do Tesouro dos EUA recuava a 4,474% no final do dia, de 4,484% na véspera, favorecendo as compras na bolsa paulista.

De acordo com Queiroz, novas negociações entre China e Estados Unidos sobre comércio proporcionaram algum alívio no sentimento recente mais negativo. Mas, acrescentou, o mercado ainda aguarda um desfecho para nivelar o apetite a risco.

Mais cedo, o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, disse nesta terça-feira que as discussões com autoridades chinesas -- que começaram na véspera -- estavam indo bem.

DESTAQUES

- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) avançou 3,02% e PETROBRAS ON (BVMF:PETR3) subiu 3,65%, em dia de recuperação, após um começo de mês mais negativo. Até a véspera, as PNs acumulavam queda de 2,77% e as ONs somavam uma perda de 2,38%. No exterior, o barril de Brent fechou com declínio de 0,25%.

- BANCO DO BRASIL ON (BVMF:BBAS3) caiu 0,87%, tendo no radar relatório de analistas do Itaú BBA, no qual cortaram estimativas para os resultados em 2025 e 2026, estimando trimestres piores para o BB à frente. No setor, BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) cedeu 0,06% e ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) recuou 0,29%, enquanto SANTANDER BRASIL UNIT (BVMF:SANB11) terminou com acréscimo de 0,28%.

- MINERVA ON (BVMF:BEEF3) subiu 3,03%, no segundo pregão seguido no azul, em dia positivo no setor, com MARFRIG ON (SA:MRFG3) mostrando alta de 1,31% e BRF ON (BVMF:BRFS3) registrando acréscimo de 2,43%.

- VAMOS ON (BVMF:VAMO3) encerrou com elevação de 5,88%, beneficiada pelo alívio nas taxas dos contratos de DI.

- VALE ON (BVMF:VALE3) fechou em alta de 0,68%, apesar do recuo dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na bolsa de Dalian encerrou as negociações diurnas com queda de 0,85%, a 698,5 iuanes (US$97,16) por tonelada.

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(Por Paula Arend Laier)

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