Ibovespa fecha em alta com trégua em tensão comercial global

Publicado 14.04.2025, 17:05
Atualizado 14.04.2025, 17:35
© Reuters. Painel da B3n05/08/2024nREUTERS/Carla Carniel

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em alta nesta segunda-feira, encostando em 130 mil pontos no melhor momento, tendo Vale entre os principais suportes, em meio a uma relativa trégua nas tensões comerciais desencadeadas pelos Estados Unidos, enquanto Azul disparou com oferta de ações na pauta.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa avançou 1,39%, a 129.453,91 pontos, chegando a 129.955,35 pontos na máxima e a 127.682,58 pontos na mínima do dia. O volume financeiro no pregão somou R$21,5 bilhões.

A semana começou sob efeito da decisão dos EUA, conhecida no fim de semana, de isentar uma série de produtos eletrônicos, como smartphones e laptops, de tarifas comerciais anunciadas recentemente pelo presidente Donald Trump, embora o secretário de comércio dos EUA tenha falado que haverá tarifas separadas.

Nesta segunda-feira, o assessor econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, disse que negociadores dos EUA e da União Europeia já se reuniram várias vezes e houve enorme progresso.

Em Wall Street, o S&P 500 fechou com elevação de 0,79%, enquanto o rendimento do título de 10 anos do Tesouro dos EUA recuava a 4,3837% no final do dia, de 4,493% na sexta-feira.

Conforme o relatório Diário do Grafista, do Itaú BBA, desta segunda-feira, a suspensão de tarifas norte-americanas na última quarta-feira proporcionou alívio imediato aos mercados e a recuperação do Ibovespa iniciada na última semana pode se estender até os níveis de resistência pré-tarifas.

No último pregão antes do anúncio das tarifas recíprocas por Trump, que ele chamou de Dia da Libertação, o Ibovespa fechou a 131.190,34 pontos.

DESTAQUES

- VALE ON (BVMF:VALE3) subiu 1,3%, em dia positivo no setor de mineração e siderurgia, em meio ao avanço dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian encerrou as negociações do dia com alta de 0,28%, após dados otimistas sobre a economia chinesa. Analistas do JPMorgan (NYSE:JPM) também elevaram o preço-alvo dos papéis de R$96 para R$99 e reiteraram recomendação "overweight". Na terça-feira, após o fechamento, a Vale também divulga seu relatório de produção e vendas do primeiro trimestre.

- AZUL PN (BVMF:AZUL4) saltou 12,33%. A companhia aérea lançou nesta segunda-feira uma oferta primária de ações, parte importante da reestruturação de dívida negociada pela empresa com credores no ano passado. A companhia vai emitir inicialmente 450.572.669 ações PNs e afirmou que adicionalmente vai atribuir "como vantagem adicional gratuita aos subscritores das ações, um bônus de subscrição para cada ação subscrita na oferta".

- IRB (BVMF:IRBR3)(RE) ON valorizou-se 5,76%, buscando apoio na melhora dos mercados para corrigir parte das perdas dos últimos dois pregões, quando fechou em queda, acumulando um declínio de 11,4%.

- GPA (BVMF:PCAR3) ON avançou 3,94%, confirmando a quarta alta seguida, ainda sob efeito da perspectiva de mudança do conselho de administração. Nesta segunda-feira, o varejista disse que recebeu de dois acionistas pedidos para incluir seus nomes no boletim de voto à distância de assembleia no dia 5 de maio para concorrer na eleição do colegiado. Um terceiro acionista também pediu para incluir um representante indicado por ele. O GPA disse que reapresentou o boletim com as mudanças.

- IGUATEMI UNIT subiu 2,11%, após assinar memorando para venda de cerca de R$500 milhões em participações em uma série de shoppings e empreendimentos, incluindo fatia de 49% no Shopping Market Place, Edifício Market Place Towers e Galleria Shopping. O acordo ainda envolve promessa de cessão de 24% no futuro empreendimento residencial a ser construído no Complexo Market Place, e de 16,7% da participação no projeto comercial a ser construído no Complexo Galleria.

- CARREFOUR BRASIL ON (BVMF:CRFB3) recuou 0,12%, tendo no radar dados mostrando vendas brutas no primeiro trimestre de R$28,8 bi, incluindo combustíveis, alta de 3,6% sobre um ano antes. A empresa também anunciou o adiamento de assembleias ordinária e extraordinária de acionistas, de 17 de abril para 29 do mesmo mês. Segundo o Citi, "todos os olhos estão sobre a assembleia, que deve disparar a deslistagem" da empresa.

- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) cedeu 0,38%, em dia de variações modestas de preços do petróleo no exterior, onde o barril do Brent fechou com acréscimo de 0,19%.

- ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) valorizou-se 1,63%, em sessão mais positiva para o setor no Ibovespa, com BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) em alta de 0,87%, BANCO DO BRASIL ON (BVMF:BBAS3) ganhando 0,97% e SANTANDER BRASIL UNIT (BVMF:SANB11) encerrando com elevação de 1,24%. Analistas do Safra afirmaram que a safra de balanços do primeiro trimestre desses bancos deve mostrar tendência mista, com a mudança contábil sob os holofotes.

- MINERVA ON (BVMF:BEEF3) recuou 2,87%, em dia de correção após avançar por três pregões consecutivos, acumulando nesse intervalo uma valorização de 11,5%. O conselho de administração da companhia aprovou mais cedo neste mês proposta para aumento de capital no montante de até R$2 bilhões, que será votada em assembleia geral extraordinária em 29 de abril. No setor, JBS ON (BVMF:JBSS3) subiu 3,87% e MARFRIG ON (BVMF:MRFG3) avançou 1,69%.

- VAMOS ON (BVMF:VAMO3) caiu 0,41%, em sessão de ajustes, após disparar quase 13% na última sexta-feira.

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