O Ibovespa encerrou a sessão desta quarta-feira (10) em alta, se favorecendo da aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) dos Precatórios na Câmara dos Deputados. Já o dólar subiu acompanhando o movimento da moeda no exterior, que refletiu o movimento dos rendimentos do Tesouro sob efeito dos dados de inflação dos Estados Unidos divulgados mais cedo. Enquanto isso, as taxas do DI mais curtas tiveram forte alta após o IPCA de outubro acima do esperado. Amanhã, a agenda local traz dados de varejo, além dos balanços corporativos.
- A bolsa ficou próxima dos 106 mil. Os ganhos não foram maiores devido as quedas em commodities no exterior, como o petróleo, que chegou a cair 3%, e o minério de ferro, afetando o preço de papéis relacionados por aqui. Apesar da alta, o dólar se manteve nos R$ 5,50.
No Brasil, o IPCA registrou o maior avanço para o mês desde outubro de 2002, com alta mensal de 1,25%, puxado pelos preços dos combustíveis, com destaque para a gasolina. O registro já leva os investidores a apostarem em uma taxa básica de juros ainda mais alta. O Goldman Sachs espera uma alta de pelo menos 1,5pp na Selic, para 9,25% na próxima reunião do Copom, em dezembro, com 20% de chance de um aumento ainda maior.
Nos EUA, o CPI (Índice de Preços ao Consumidor) aumentou 6,2% em relação a outubro de 2020, segundo dados do Departamento do Trabalho divulgados nesta quarta (10), o ritmo mais elevado desde 1990, refletindo pressões inflacionárias maiores conforme as empresas conseguem repassar custos mais altos.
No universo cripto, o Bitcoin atingiu um novo recorde nesta quarta, tendo atingido os US$ 69 mil pela primeira vez depois que os dados da inflação reforçaram o argumento de que a criptomoeda é uma opção de proteção contra as crescentes pressões de custo. Outras moedas também subiram, com o Bloomberg Galaxy Crypto Index - que rastreia os principais criptoativos - ganhando até 2,4%, para seu nível mais alto desde maio.
- Câmbio: O dólar subiu 0,21%, a R$ 5,50
- Bolsa: O Ibovespa subiu 0,41%, a 105.967 pontos
- Juros: A taxa do DI com vencimento para janeiro de 2022 saltou de 8,45% para 8,48%, enquanto a para janeiro de 2023 foi de 12,13% para 12,20%. Já a taxa para janeiro de 2025 subiu de 11,85% para 11,90% e o de 2027, de 11,72% para 11,73%
- Exterior: Em Nova York, o Dow Jones caiu 0,66%, o S&P 500 recuou 0,82% e o Nasdaq, 1,66%
- Bitcoin: Por volta das 18h00, a criptomoeda operava em queda de 2,79%, a US$ 65.264
-- Com informações de Bloomberg News