📈 Pronto para levar os investimentos a sério em 2025? Dê o primeiro passo com 50% de desconto no InvestingPro.Garanta a oferta

Ibovespa fecha em alta e começa semestre perto de 120 mil pontos

Publicado 03.07.2023, 17:07
Atualizado 03.07.2023, 17:30
© Reuters. Painel de cotações na B3 em São Paulo
19/10/2021
REUTERS/Amanda Perobelli
IBOV
-
BBAS3
-
BBDC4
-
CSNA3
-
DIRR3
-
GGBR4
-
ITUB4
-
MRVE3
-
PETR4
-
SANB11
-
TIMS3
-
USIM5
-
VALE3
-
VIVT3
-
RADL3
-
BPAC11
-
LWSA3
-

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em alta de mais de 1% nesta segunda-feira, voltando a orbitar os 120 mil pontos, em movimento endossado pelo avanço de ações de siderúrgicas e mineradoras, em particular Vale, além de nova melhora nas projeções de inflação e para a taxa básica de juros no país.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,34%, a 119.672,78 pontos. Na máxima, chegou a 119.877,04 pontos.

O volume financeiro na sessão somou 21,4 bilhões de reais, afetado na parte da tarde pelo fechamento antecipado das bolsas norte-americanas por causa do feriado do Dia da Independência nos Estados Unidos na terça-feira. A média diária em 2023 é de 26 bilhões de reais. Em junho, foi de 29,6 bilhões de reais.

A pesquisa Focus, divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira, mostrou "melhoria considerável das expectativas de inflação de 2025-26", nas palavras do Goldman Sachs (NYSE:GS), bem como recuo nas previsões de 2023 e 2024, além de queda nas projeções para a Selic no final deste ano -- para 12%, de 12,25% ao ano estimado anteriormente.

Na visão da Commcor, na cena doméstica, o momento é de confiança no início do ciclo de corte da Selic na próxima reunião do Copom, em agosto, com investidores apenas divididos sobre o ritmo do corte a ser feito pelo Banco Central, com apostas entre redução de 0,25 e 0,50 ponto percentual.

A equipe da corretora destacou em nota a clientes nesta segunda-feira que a pesquisa Focus trouxe relevantes ajustes baixistas nas projeções inflacionárias, especialmente de longo prazo, "movimentos que reforçam o atual fechamento da curva de juros futuros".

A bolsa paulista já vinha se beneficiando do alívio recente nas taxas futuras de juros, o que alguns estrategistas avaliam que pode continuar, conforme o debate sobre a reforma tributária se intensifica, o afrouxamento monetário começa e as condições financeiras melhoram, enquanto outros analistas mostram mais cautela.

Para analistas da BB Investimentos, o recuo nos contratos de DI e sua influência positiva sobre a redução do custo de capital das companhias é inegável, mas esse movimento já foi observado, sendo necessários sinais mais claros em relação às perspectivas de crescimento, que por ora têm surpreendido positivamente.

"À medida que o mercado incorpore uma melhora de conjuntura nos indicadores de atividade, poderíamos vivenciar um movimento de revisões das estimativas de crescimento das companhias do nosso universo de cobertura", afirmaram Victor Penna e Wesley Bernabé, ponderando que, por enquanto, não é essa a percepção geral da equipe da casa.

Ainda assim, como exercício e tomando as estimativas atuais de lucros do Ibovespa para os próximos 12 meses, para operar próximo às médias históricas de longo prazo o índice deveria ser negociado entre 150 mil e 160 mil pontos, o que mostra que o preço atual não está caro, pelo contrário.

Eles consideram, contudo, ser pouco provável que o rali se desenvolva até esses patamares. E até que a safra de balanços do segundo trimestre seja finalizada, em agosto, afirmaram que não devem promover alterações no preço-alvo do Ibovespa para 2023, em 127 mil pontos.

Para a semana, a XP Investimentos (BVMF:XPBR31) avalia que o foco no Brasil estará voltado para a agenda política, com a Câmara dos Deputados em esforço concentrado para votar o novo arcabouço fiscal (que retornou à Câmara após passar por mudanças no Senado), as mudanças no Carf e a reforma tributária.

"Os dois primeiros projetos são considerados fundamentais pela equipe econômica para, respectivamente, dar previsibilidade à trajetória fiscal e ampliar a arrecadação neste e nos próximos anos e, assim, cumprir as metas de resultado primário", afirmou a equipe de plataforma de investimentos em relatório à clientes.

"Já a reforma tributária é considerada um projeto estruturante, com impactos de longo prazo no crescimento econômico."

No caso da reforma tributária, fontes envolvidas nas negociações afirmaram que uma solução para a "guerra fiscal" praticada por Estados e a gestão centralizada do novo tributo que vai unificar o ICMS e o ISS são dois dos principais pontos de impasse para a votação nesta semana da proposta.

Destaques

- LOCAWEB ON (BVMF:LWSA3) fechou em alta de 3,96%, a 8,92 reais, reagindo após acumular uma perda de 8,6% na semana passada. As ações da companhia de serviços de tecnologia entraram na carteira de recomendações semanal da BB Investimentos.

- GERDAU PN (BVMF:GGBR4) avançou 3,59%, a 25,97 reais, em sessão positiva para o setor, com o noticiário contemplando pedido do governo Tangshan, maior centro siderúrgico da China, para as siderúrgicas locais reduzirem a produção como parte de esforços para melhorar a qualidade do ar. No caso da Gerdau, o BTG também adicionou o papel na sua carteira recomendada para o mês. No setor, USIMINAS PNA (BVMF:USIM5) valorizou-se 2,55% antes de dados do setor automobilístico (Fenabrave e Anfavea) nesta semana e CSN ON (BVMF:CSNA3) encerrou com elevação de 1,48%.

- VALE ON (BVMF:VALE3) subiu 3,13%, a 66,23 reais, apesar da queda dos futuros do minério de ferro na China, tendo no radar anúncio de que a barragem Torto no complexo de Brucutu da companhia teve sua licença de operação aprovada pelo Conselho Estadual de Política Ambiental da Semad de Minas Gerais. A estrutura receberá parte dos rejeitos provenientes da usina de Brucutu, localizada em Barão de Cocais e São Gonçalo do Rio Abaixo (MG).

- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) valorizou-se 1,86%, a 30,08 reais, retomando o sinal positivo após forte queda na última sexta-feira (-4,8%). No exterior, o contrato de petróleo Brent fechou em baixa de 1%. O BTG excluiu os papéis da Petrobras de sua carteira recomendada, citando "performance estelar de junho -- e no acumulado do ano".

- BANCO DO BRASIL ON (BVMF:BBAS3) terminou com elevação de 2%, a 50,39 reais, com bancos também acompanhando o viés positivo. BB também entrou no portfólio do BTG para o mês. No setor, ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) subiu 1,95%, BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) avançou 1,28% e SANTANDER BRASIL UNIT (BVMF:SANB11) ganhou 2,55%. Analistas do UBS BB citaram que números de crédito de abril sinalizam que Bradesco apresentou menor risco de surpresas negativas no segundo trimestre, enquanto Itaú pode mostrar desempenho abaixo das expectativas do UBS BB. No caso de Santander Brasil, eles afirmaram que os dados indicam resultados mais fortes à frente.

© Reuters. Painel de cotações na B3 em São Paulo
19/10/2021
REUTERS/Amanda Perobelli

- MRV&CO ON (BVMF:MRVE3) perdeu 3,11%, a 11,21 reais, chegando a 10,98 reais no pior momento após notícia de que a construtora contratou um sindicato de bancos para estruturar sua oferta subsequente de ações ("follow-on"). De acordo com reportagem do jornal Valor Econômico, citando fontes, fazem parte do grupo o BTG Pactual (BVMF:BPAC11), Itaú BBA e Bradesco BBI e a expectativa é de que o follow-on seja lançado nos próximos dias. Na semana passada, a Direcional Engenharia (BVMF:DIRR3) levantou 428,87 milhões de reais em uma oferta de ações.

- TIM ON (BVMF:TIMS3) recuou 2,26%, a 14,29 reais, em meio a ajustes após avançar nos dois pregões anteriores, período em que acumulou um incremento de quase 3%. No setor, TELEFÔNICA BRASIL ON (BVMF:VIVT3) fechou com variação negativa de 0,76%.

- RD ON (BVMF:RADL3) caiu 2,8%, a 28,77 reais, revertendo a alta dos primeiros negócios, quando renovou cotação recorde intradia a 29,90 reais. Na sexta-feira, após o fechamento da bolsa, a rede de varejo farmacêutico disse que irá pagar 102 milhões de reais na forma de juros sobre capital próprio (JCP) a acionistas até 1º de dezembro, quase 0,06 real por ação.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.