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Ibovespa fecha em alta pelo 3º dia com mercado mais calmo sobre fiscal, Selic

Publicado 12.04.2023, 17:07
Atualizado 12.04.2023, 18:00
© Reuters
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Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - A bolsa paulista manteve o viés positivo nesta quarta-feira, com o Ibovespa superando os 108 mil pontos na máxima, ainda sob efeito de certo alívio recente no front fiscal do país, bem como expectativas relacionadas à inflação e ao rumo da Selic.

Investidores ainda repercutiram dados mostrando desaceleração da inflação nos Estados Unidos, enquanto o Federal Reserve, na ata da última decisão de juros, disse que várias autoridades consideraram uma pausa no aperto monetário.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,64%, a 106.889,71 pontos, a terceira alta seguida, chegando a 108.277,02 pontos no melhor momento, máxima intradia desde 23 de fevereiro.

O volume financeiro alcançou 59,7 bilhões de reais, inflado pelas operações relacionadas aos vencimentos de opções sobre o Ibovespa e do índice futuro nesta quarta-feira.

Na visão do economista-chefe da Mirae Asset, Julio Hegedys Netto, a desaceleração do IPCA em março, divulgada na véspera, com a medida em 12 meses dentro do teto da meta, abriu espaço para uma sinalização de corte da Selic em maio.

Ao mesmo tempo, ele observou "que há algum otimismo com o front fiscal, com o mercado mais confiante pela condução do ministro (Fernando) Haddad na Fazenda", conforme comentário enviado a clientes.

Para o economista-chefe da BGC Liquidez, Juliano Ferreira, com riscos relativamente mais calmos do ponto de vista fiscal e inflacionário e o crescimento desacelerando em ritmo lento, o Brasil fica em posição bastante favorável ante os pares.

"Se o movimento é sustentável, muito difícil dizer ainda", ponderou, citando que dependerá da evolução do arcabouço fiscal no Congresso Nacional, mas também do comportamento da inflação norte-americana de curto prazo, bem como do mercado de trabalho.

No caso dos EUA, esses números precisam fazer o Fed ter mais confiança de que o trabalho de controle da inflação está feito, disse Ferreira, ressalvando que não é o cenário da BGC, que espera ainda um longo caminho até o Fed pensar em cortes.

"Teremos um período maior de volatilidade, com ondas dependente dos dados", reforçou.

Dados nesta quarta-feira mostraram que o índice de preços ao consumidor (CPI na sigla em inglês) nos EUA aumentou 0,1% em março, desacelerando frente a fevereiro e ficando abaixo das previsões de economistas.

Medidas que excluem itens voláteis, porém, continuaram altas, mantendo apostas de uma maior chance de a taxa de juros, atualmente no intervalo de 4,75% a 5%, ser elevada em 0,25 ponto percentual na próxima reunião do Fed, em maio.

Na última decisão do Fed, em março, conforme a ata divulgada nesta quarta-feira, várias autoridades consideraram uma pausa nas altas para avaliar os efeitos da quebra de dois bancos regionais, mas concluíram que a inflação alta era a prioridade.

Em análise técnica sobre o Ibovespa, o Itaú BBA afirmou em relatório que a barreira do 106.800 pontos era um divisor de águas para uma nova tendência de alta e que agora o índice pode voltar a negociar em patamares como 110.500 e 114.900 pontos.

Destraques

- ECORODOVIAS ON (BVMF:ECOR3) disparou 7,54%, a 6,42 reais, ampliando os ganhos no mês, que já somam quase 24%, favorecida pelo recente achatamento da curva de juros no Brasil. No setor de concessões de infraestrutura, CCR ON (BVMF:CCRO3) subiu 1,77%.

- BANCO DO BRASIL ON (BVMF:BBAS3) saltou 6,96%, a 42,72 reais, melhor desempenho entre os bancos do Ibovespa, em meio a expectativas favoráveis para o resultado do primeiro trimestre. No setor, ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) ganhou 0,67% e BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) cedeu 0,5%.

- LOJAS RENNER ON (BVMF:LREN3) avançou 1,72%, a 17,19 reais, após decisão do governo de acabar com a isenção de imposto sobre encomendas internacionais de até 50 dólares como parte de um esforço para taxar compras feitas em plataformas de gigantes varejistas internacionais. Dados do IBGE mostraram alta recorde nas vendas no varejo para janeiro.

- CYRELA ON (BVMF:CYRE3) fechou em alta de 3,81%, a 15,82 reais, com o setor como um todo ainda beneficiado pela forte correção para baixo nas taxas futuras recentemente. EZTEC ON (BVMF:EZTC3) subiu 3,31%. Após o fechamento, a Cyrela divulgou alta de 17,7% nas vendas totais contratadas no primeiro trimestre de 2023 frente a igual período do ano passado, para 1,55 bilhão de reais.

- B3 ON (BVMF:B3SA3) valorizou-se 1,98%, a 11,86 reais, embalada também por perspectivas mais otimistas sobre a trajetória da Selic e seu potencial reflexo no mercado de capitais. Em abril, o papel já sobe 14,6% após contabilizar uma perda de mais de 20,55% no primeiro trimestre.

© Reuters. Painel de cotações na B3 em São Paulo
28/10/2021 REUTERS/Amanda Perobelli

- VALE ON (BVMF:VALE3) recuou 2,14%, a 80,6 reais, mesmo com o avanço dos futuros do minério de ferro na China, em sessão mais negativa para papéis na B3 atrelados a commodities ou que se beneficiam da depreciação da taxa de câmbio, com nova queda do dólar ante o real. SUZANO ON (BVMF:SUZB3) perdeu 0,82% e EMBRAER ON (BVMF:EMBR3) caiu 1,41%.

- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) fechou com elevação de 0,74%, a 25,85 reais, apoiada pela alta dos preços do petróleo no mercado internacional. O contrato de Brent avançou 2%, a 87,33 dólares o barril No setor, 3R PETROLEUM ON (BVMF:RRRP3) ganhou 2,26% e PRIO ON (BVMF:PRIO3) subiu 1,96%.

- CARREFOUR BRASIL ON (BVMF:CRFB3) cedeu 3,6%, a 11,53 reais. A empresa dona do Atacadão acertou uma redução em até 1 bilhão de reais do valor da aquisição do Grupo BIG, anunciada em março de 2021 por 7,5 bilhões de reais. No setor, ASSAÍ ON encerrou em baixa de 1,84%.

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