Ibovespa fecha em queda com ajustes após recordes em novembro

Publicado 01.12.2025, 18:04
Atualizado 01.12.2025, 18:42
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Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO, 1 Dez (Reuters) - O Ibovespa flertou com o sinal positivo, mas fechou em queda nesta segunda-feira, abaixo dos 159 mil pontos, com a fraqueza em Wall Street abrindo espaço para ajustes após novembro terminar com recordes na bolsa paulista.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa recuou 0,29%, a 158.611,01 pontos, tendo marcado 158.029,48 pontos na mínima e 159.223,92 pontos na máxima do dia.

O volume financeiro nesta segunda-feira somou R$22 bilhões.

A queda ocorreu após o Ibovespa registrar em novembro o quarto ganho mensal seguido, o que ampliou a alta no ano para 32% até a sexta-feira, que terminou com recordes de fechamento (159.072,13 pontos) e intradia (159.689,03 pontos).

Investidores da B3 começaram dezembro com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmando em evento em São Paulo que dados de emprego e da atividade reforçam necessidade de postura humilde e conservadora da autoridade monetária.

No mesmo dia em que a pesquisa Focus mostrou nova melhora nas previsões para a inflação no Brasil, ele também disse que a inflação ainda não está onde demanda o mandato do BC e que expectativas e projeções "caem bem menos" do que o BC gostaria.

"O mercado quer entender se os juros começam a cair já em janeiro ou se isso é postergado para março", afirmou o analista Nícolas Merola, da EQI Research.

No campo da política monetária, mas dos Estados Unidos, a pauta da segunda-feira ainda reserva a participação do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, em evento na Universidade de Stanford, às 22h (de Brasília).

Em Wall Street, o S&P 500, uma das referências do mercado acionário norte-americano, fechou com declínio de 0,53%.

DESTAQUES

- BANCO DO BRASIL ON recuou 0,93%, após desempenho mais robusto na sexta-feira, em sessão negativa no setor, com ITAÚ UNIBANCO PN caindo 0,78% BRADESCO PN perdendo 1,53% e SANTANDER BRASIL UNIT fechando negociada em baixa de 0,85%.

- PETROBRAS PN (SA:PETR4) encerrou com variação positiva de 0,19% e PETROBRAS ON fechou em alta de 0,63%, em dia de avanço do petróleo no exterior. A estatal também anunciou aumento de 3,8% preço médio do querosene de aviação (QAV) vendido a distribuidoras a partir desta segunda-feira.

- VALE ON subiu 0,77%, apoiada pelo avanço dos futuros do minério de ferro na China, endossado pela forte compra de cargas de grau médio. O contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian subiu 1,14%, para 801 iuanes (US$113,24) a tonelada.

- MBRF ON fechou em queda de 5,02%, a R$18,36, ampliando a correção negativa das ações desde meados de novembro, quando chegaram a ser negociadas a R$26,83 durante o pregão (no dia 18). No setor, MINERVA ON cedeu 2,89%.

- RD SAÚDE ON caiu 2,29%, tendo no radar proposta de aumento de R$750 milhões do capital social mediante capitalização de parte das reservas de lucros para distribuição de ações a título de bonificação, em 2% do total das ONs atuais. Também divulgou previsão de abertura de lojas em 2026.

- ENEVA ON avançou 3,42%. O BTG Pactual incluiu as ações em uma de suas carteiras de ações recomendadas para dezembro, destacando os leilões de reserva de capacidade previstos para 2026. Analistas do Santander Brasil também reiteraram "outperform" para a ação, com preço-alvo de R$25,40.

- LOJAS RENNER ON fechou com acréscimo de 0,06%, com analistas do Citi adicionando um "upside 30-Day catalyst watch" para a ação, citando que possíveis anúncios futuros sobre dividendos ou recompras podem oferecer catalisadores de alta relevantes. Na contramão, C&A MODAS ON caiu 4,28%.

- MÉLIUZ ON, que não faz parte do Ibovespa, fechou em queda de 3,23%, contaminada pela queda do bitcoin no exterior. A maior criptomoeda do mundo caiu abaixo de US$90 mil nesta segunda-feira, ampliando as perdas após registrar em novembro a maior queda mensal desde meados de 2021.

(Por Paula Arend Laier; Edição Igor Sodré)

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