🧐 ProPicks IA de Outubro está agora atualizada! Veja a lista completa de açõesAções escolhidas por IA

Ibovespa fecha em queda com Petrobras em dia de corte de juros nos EUA

Publicado 18.09.2024, 17:10
© Reuters.
IBOV
-
PETR4
-

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em queda nesta quarta-feira, após o Federal Reserve cortar os juros nos Estados Unidos pela primeira vez em mais de quatro anos, com Petrobras pressionando em meio a receios sobre os potenciais reflexos da fraqueza do petróleo no exterior.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa cedeu 0,9%, a 133.747,69 pontos, terminando na mínima do dia, após marcar 135.203,32 pontos na máxima da sessão. O volume financeiro somou 37,64 bilhões de reais em pregão marcado pelo vencimento de opções sobre o Ibovespa.

O Federal Reserve cortou os juros em 0,50 ponto percentual, para uma faixa de 4,75% a 5%, citando "maior confiança" de que a inflação está se movendo de forma sustentável na direção da meta de 2% e avaliando que os riscos para atingir seus objetivos para emprego e inflação estão mais ou menos equilibrados.

Projeções de autoridades do Fed, também divulgadas nesta quarta-feira, mostraram a taxa de juros em 4,4% no final de 2024 (de 5,1% antes) e em 3,4% no final de 2025 (de 4,1% antes).

O Ibovespa superou os 135 mil pontos pela primeira vez no dia logo após a divulgação da decisão, mas, em seguida, passou a mostrar volatilidade, trocando de sinais várias vezes, embora sempre com variações contidas.

"Este pode ser um dos inícios mais esperados e telegrafados de um ciclo de corte de juros em anos", afirmou o chefe de estratégias de investimentos da Global X, Scott Helfstein. "Tenho certeza de que os investidores previram isso, com a verdadeira questão sendo a magnitude (do corte)."

Ele disse que o corte pode ser percebido como a preocupação do Fed sobre o enfraquecimento da economia, mas fundamentos fortes nas próximas semanas podem acalmar os mercados.

Em coletiva à imprensa após a decisão, o chair do Fed, Jerome Powell, disse que não vê nenhuma indicação de recessão ou mesmo de uma desaceleração econômica à frente. "Não vejo nada na economia agora que sugira que a probabilidade de uma recessão -- desculpe, de uma desaceleração -- seja elevada."

Em Wall Street, o S&P 500, uma das referências do mercado acionário norte-americano, fechou em baixa de 0,29%, enquanto o rendimento do título de 10 anos do Tesouro dos EUA marcava 3,7019% no final da tarde, de 3,642% na véspera.

Investidores do mercado brasileiro encerraram as negociações no aguardo do desfecho da reunião do Banco Central no país, que divulga a decisão sobre a Selic também nesta quarta-feira, com as apostas neste caso principalmente na alta de 0,25 ponto, sobre os atuais 10,50%.

DESTAQUES

- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) cedeu 2,4%, em meio à fraqueza dos preços do petróleo no exterior, com o barril de Brent, usado como referência pela estatal, fechando em baixa de 0,07% nesta sessão, ampliando a perda em setembro para cerca de 6,5%. Com tal desempenho e após performances negativas no acumulado dos dois últimos meses, agentes financeiros começam a mensurar os riscos de a estatal anunciar um corte nos preços dos combustíveis. Em comunicado nesta quarta-feira, a Petrobras afirmou que não há uma decisão sobre redução de preços.

- VALE ON (BVMF:VALE3) recuou 1,17%, afetada pelo declínio dos futuros do minério de ferro na China após dois dias sem negociação dos contratos naquele país. O vencimento mais líquido na Dalian Commodity Exchange encerrou as negociações diurnas com um tombo de mais de 4%. CSN MINERAÇÃO ON (BVMF:CMIN3) encerrou os negócios cotada em baixa de 8,26%.

- ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) caiu 0,57%, em dia negativo para todos os bancos do Ibovespa.

- AZUL PN (BVMF:AZUL4) perdeu 10,08%, em dia de realização de lucros, após valorização expressiva desde a última sexta-feira, após a Reuters noticiar que a companhia está perto de fechar acordo com arrendadores de aviões, envolvendo a troca de dívida por ações. A companhia confirmou no domingo negociação com os arrendadores. Entre o fechamento de quinta-feira, de 4,04 reais, e a máxima desta quarta-feira, de 6,87 reais, a ação chegou a acumular um ganho de 70%.

- BRASKEM PNA (BVMF:BRKM5) avançou 4,76%, tendo no radar relatório de analistas do UBS BB elevando a recomendação das ações para "compra". A companhia também divulgou na véspera que, após questionamento, a Novonor afirmou que não houve qualquer evolução nas discussões envolvendo a venda da sua participação na Braskem, enquanto a Petrobras disse não haver qualquer decisão sobre o tema. O comunicado respondeu à nota do colunista Lauro Jardim, de O Globo, de que bancos credores estudam criar um fundo no qual os créditos seriam convertidos em ações.

- SÃO MARTINHO ON subiu 2,57%, tendo como pano de fundo relatório de analistas do BTG Pactual (BVMF:BPAC11) avaliando que a recente queda no preço das ações oferece oportunidade atrativa de entrada, baseada no valuation, enquanto eles mantêm uma visão relativamente construtiva sobre os preços de etanol e açúcar no curto e médio prazos. Em meio a incêndios que têm atingido várias regiões no Brasil e que afetaram o setor, os papéis acumularam queda de 4,6% em agosto e perdem 3,5% em setembro.

- MARFRIG ON (BVMF:MRFG3) recuou 5,44%, com o setor como um todo entre os destaques negativos da sessão. JBS ON (BVMF:JBSS3) perdeu 4,19%, BRF ON (BVMF:BRFS3) cedeu 3,88% e MINERVA ON (BVMF:BEEF3) caiu 3,74%.

- AGROGALAXY ON (BVMF:AGXY3), que não faz parte da carteira do Ibovespa, desabou 13,27% após anunciar que pediu recuperação judicial. A empresa, que atua no setor de insumos agrícolas, acrescentou que nos últimos meses "despendeu" esforços para lidar com os "desafios significativos" relacionados a eventos climáticos e deterioração das condições de mercado. Mais cedo, divulgara troca de CEO e renúncia de vários membros do conselho.

Para ver as maiores baixas do Ibovespa, clique em

Para ver as maiores altas do Ibovespa, clique em

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.