Investing.com - O dia será cheio no noticiário político econômico nesta quarta-feira com a decisão da taxa de juros no Federal Reserve e a votação da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara dos Deputados.
O Ibovespa Futuro abriu em leve baixa de 0,1%, sinalizando uma possível correção um dia após o Ibovespa avançar 2% e encostar nos 67 mil pontos, maior patamar em dois meses.
Os investidores ficarão atentos ao desenvolvimento da votação da reforma da Previdência na comissão especial, após o governo decidir ontem levar o texto para apreciação dos deputados na sessão de hoje. Nas contas do Planalto, a base aliada deverá garantir 23 ou 24 votos dos 36 parlamentares da comissão, número com folga, pois é necessário apenas maioria simples. A grande batalha será para conseguir os 308 votos necessários no plenário da casa, em votação posterior.
Enquanto a política interna atrai as atenções, os investidores também vão ficar de olho no Federal Reserve, que encerra hoje sua reunião de política monetária. Quase a totalidade do mercado aposta em manutenção das taxas de juros e os olhares se voltam para a entrevista coletiva da presidente do banco, Janet Yellen.
Os analistas aguardam que Yellen possa dar alguma indicação de quando o Fed deverá elevar as taxas do país. Será a primeira vez que o banco poderá se posicionar sobre o impacto fiscal da reforma tributária proposta por Donald Trump. Os diretores do banco mantêm a indicação de elevar a taxa três vezes neste ano, enquanto o mercado segue apostando em duas altas.
Commodities
O petróleo opera em leve recuperação após o tombo de ontem, que empurrou a commodity para os menores níveis em um mês. O WTI negociado em NY sobe 0,5% para US$ 47,90/barril, enquanto o Brent, em Londres, sobe 0,6% para US$ 50,75/barril.
O minério de ferro cedeu 0,1% e fechou a US$ 68,68/tonelada no porto de Qingdao, na China. Na bolsa de Dalian, os futuros da commodity perdeu 1,5% e encerrou o dia a 523 iuanes a tonelada.
Eventos econômicos
Além da reunião do Fed que termina às 15h, seguido de entrevista de Janet Yellen, os EUA divulgaram nesta manhã a criação de 177 mil vagas de emprego, medidos pela ADP. O número veio ligeiramente acima da previsão de geração de 175 mil vagas.
Às 11h, será divulgado o PMI industrial, de serviços e o ISM e, logo a seguir, os dados de estoque de petróleo.
No Brasil, a produção industrial cresceu 1,5% em março na comparação anual, abaixo das expectativas de alta de 2,1%. Na comparação com fevereiro, o índice recuou 1,8%, menor que o piso das projeções, que flutuava entre -1,7% e +0,5%.
Mundo corporativo
O Itaú (SA:ITUB4) divulgou lucro de R$ 6,2 bilhões no primeiro trimestre, resultado 19,6% maior do que em igual período do ano passado. O valor veio acima das expectativas de ganhos de R$ 5,98 bilhões.
O banco acompanhou a tendência mostrada pelo Santander (SA:SANB11) e registrou queda sequencial de 17,9% na provisão para perdas com inadimplência, líquido de recuperação, a R$ 4,99 bilhões, que gerou impacto positivo de R$ 810 milhões no resultado.
A Cielo (SA:CIEL3) registrou lucro de R$ 1,046 bilhão, resultado estável na comparação com o primeiro trimestre de 2016.
A Multiplus (SA:MPLU3) lucrou R$ 134,4 milhões, resultado 6% maior do que em igual período do ano passado.
Após o fechamento do mercado, deverão divulgar seus balanços a Suzano (SA:SUZB5), Profarma (SA:PFRM3) e Totvs (SA:TOTS3). Ao longo do pregão, o investidor terá as teleconferências de Multiplus (9h30), Cielo (11h) e Energias do Brasil (12h).