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Ibovespa ignora alta de NY e realiza lucros com ações de 1ª linha, após cinco elevações

Publicado 27.07.2023, 12:42
© Reuters Ibovespa ignora alta de NY e realiza lucros com ações de 1ª linha, após cinco elevações
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A valorização dos índices de ações do Ocidente e do petróleo são insuficientes para instigar uma sexta alta consecutiva do Ibovespa nesta quinta-feira, 27. Na quarta, 26, subiu 0,45%, aos 122.560,38 pontos.

Após testar elevação de 0,03%, com máxima aos 122.598,97 pontos, o Índice Bovespa migrou para o terreno de queda, renovando mínima, já tocando a faixa dos 120 mil pontos, puxado pela desvalorização firme e forte de ações ligadas a commodities.

À espera do balanço da Vale, após o fechamento da B3 (BVMF:B3SA3), os papéis da mineradora caem, contaminando o segmento, em dia de recuo de 1,91% do minério de ferro em Dalian. Já os da Petrobras (BVMF:PETR4) ignoram a alta do petróleo e cedem em meio aos dados de produção da estatal relativos ao segundo trimestre. As ações do setor financeiro também vão na mesma direção, pesando no Índice Bovespa, diante da continuada preocupação com a possibilidade de o governo acabar com os juros sobre capital próprio (JCP) pelo governo.

"O Índice Bovespa teve uma recuperação forte. Vale, Petrobras e bancos caem. Pela concentração que têm no Índice Bovespa somados os respectivos papéis, considerando grande bancos, pesam cerca de 40%, acabam influenciando. Se olhar o Ibovespa, parece que está ruim, mas não está. O indicador está além dos 120 mil pontos, que era aquele ponto em que o mercado antecipava queda dos juros, em meio à deflação e melhora fiscal. Mesmo se corrigir mais, está tranquilo", avalia Enrico Cozzolino, especialista de análise técnica e sócio da Levante Investimentos.

No final do dia, a Vale divulgará seu balanço relativo ao segundo trimestre, em meio a indicadores sinalizando fraqueza da economia chinesa. A mineradora deve apresentar um lucro líquido menor 48% no segundo trimestre ante igual período de 2022, mas um avanço de 15,7% em relação aos três primeiros meses de 2023, conforme pesquisa do Prévias Broadcast.

Na quarta-feira, a Petrobras informou que fechou o segundo trimestre com produção média de óleo e gás de 2,603 milhões de boe, queda de 0,5% na comparação com o mesmo trimestre de 2022. Já a mineradora deve apresentar um lucro líquido menor 48% no segundo trimestre ante igual período de 2022, mas um avançou de 15,7% em relação aos três primeiros meses de 2023.

Lá fora, prevalece o otimismo, que reflete balanços trimestrais e estimativas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) tenha encerrado seu ciclo de aumento de juros, após sua decisão de política monetária ontem.

"A expectativa de que os juros nos EUA atingiram o seu pico e os bons resultados de empresas impactam positivamente os ativos de risco", cita em relatório a MCM Consultores.

No entanto, a economista-chefe da B.Side Investimentos, Helena Veronese, ressalta que os dados dos EUA informados nesta quinta-feira colocam certa incerteza em relação à ideia de pausa na alta dos juros americanos.

O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos cresceu ao ritmo anualizado de 2,4% no segundo trimestre de 2023. O resultado ficou acima da mediana de expectativas de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, de alta de 1,8%. "Gera um pouco mais de incerteza", diz Veronese.

Também hoje, o Banco Central Europeu (BCE) confirmou as estimativas e elevou seus juros em 0,25 ponto porcentual, indicando que deixou a porta aberta em relação às próximas decisões.

Às 11h25 desta quinta, o Ibovespa caía 1,29%, aos 121.033,36 pontos, após máxima aos 122.598,97 pontos e mínima aos 120.800,59 pontos. Vale ON (BVMF:VALE3) caía 1,94% e Petrobras recuava entre 2,39% (PN) e quase 3,02% (ON). Itaú Unibanco (BVMF:ITUB4) PN tinha a maior queda entre os grandes bancos, de 1,67%.

Assaí ON (BVMF:ASAI3) ocupava o grupo das oito maiores elevações, ao subir 6,99%, após apresentar lucro líquido de R$ 156 milhões no segundo trimestre de 2023. O resultado foi 51% menor em relação ao apresentado um ano antes.

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