Ibovespa perde fôlego pressionado por Vale enquanto tarifas seguem no radar

Publicado 08.04.2025, 13:08
Atualizado 08.04.2025, 13:10
© Reuters. Tela de cotações da B3 em São Paulo n6/7/2023 nREUTERS/Amanda Perobelli

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa reduzia o fôlego nesta terça-feira, flertando com o território negativo em meio ao forte declínio das ações da Vale e piora da Petrobras, enquanto investidores continuam ajustando suas posições ao novo ambiente comercial no mundo desencadeado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Por volta de 13h, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, tinha variação negativa de 0,04%, a 125.539,96 pontos, tendo registrado 127.651,6 pontos na máxima e 125.033,25 pontos na mínima até o momento, vindo de três quedas seguidas, período em que acumulou um declínio de mais de 4%.

O volume financeiro no pregão somava R$10,5 bilhões.

Em Wall Street, após quedas expressivas das ações que eliminaram trilhões de dólares desde a semana passada, o S&P 500 mantinha-se no azul, com alta de 2,25%, com os investidores ainda monitorando as negociações sobre as tarifas anunciadas na semana passada por Trump.

"Após as oscilações vertiginosas das duas últimas sessões, diante dos temores relacionados à nova política comercial americana, os investidores parecem buscar oportunidades pontuais em meio às baixas generalizadas", afirmou a equipe da Ágora Investimento, em relatório a clientes nesta terça-feira.

"Em meio a rumores, fake news e notícias desencontradas, todos parecem procurar algum norte para definir a sua estratégia nesse novo ambiente de negócios", acrescentou.

DESTAQUES

- VALE ON (BVMF:VALE3) caía 2,94%, com os contratos futuros do minério de ferro recuando pela terceira sessão consecutiva nesta terça-feira na China, em meio às tensões comerciais entre EUA e China. O contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian caiu 3,15%, terminando em 738,5 iuanes (US$100,73) a tonelada. No início da sessão, os preços atingiram 735,5 iuanes, o menor valor desde 19 de novembro de 2024.

- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) reverteu os ganhos e perdia 0,45%, conforme o petróleo voltou a enfraquecer no exterior, trabalhando momentaneamente no terreno negativo, para depois voltar ao azul, com o Brent em alta de 0,25%. A presidente da estatal também afirmou na véspera que a companhia não deve alterar preços de combustíveis em cenário turbulento. Uma fonte disse à Reuters que o ministro de Minas e Energia teria pedido para a CEO para que a Petrobras analisasse um novo corte no valor médio do diesel, diante do recuo acentuado e recente do preço do barril do petróleo no mercado internacional.

- BRAVA ENERGIA ON avançava 2,07%, após divulgar dados preliminares de março mostrando uma produção total bruta de 71.757 boe/d, encerrando o primeiro trimestre com 71.057 boe/d. Ainda no setor, PETRORECONCAVO ON cedia 0,07%, tendo também no radar dados de março mostrando produção média de 27.715 mil boe/d. Ainda, PRIO ON (BVMF:PRIO3) subia 0,99%.

- MAGAZINE LUIZA ON (BVMF:MGLU3) desabava 9,37%, tendo como pano de fundo relatório do Citi cortando a recomendação das ações a "venda/alto risco" e reduzindo o preço-alvo de R$8 para R$7,70. Na visão dos analistas, que afirmam estar ainda cautelosos com o cenário macroeconômico do país, antecipar um ciclo de demanda positiva parece excessivamente otimista neste momento. Eles também citaram competição acirrada no setor. Na véspera, o Mercado Livre (NASDAQ:MELI) anunciou investimento de R$34 bilhões no Brasil em 2025. Em Nova York, MERCADO LIBRE subia 5,96%.

- MINERVA ON (BVMF:BEEF3) recuava 3,73% na esteira de proposta aprovada pelo conselho de administração para aumento de capital no montante de até R$2 bilhões, que será votada em assembleia geral extraordinária a ser realizada em 29 de abril. Sob os termos da proposta, o aumento de capital de até R$2 bilhões contará com a subscrição particular de até 386,8 milhões de novas ações ordinárias pelo preço de emissão de R$5,17 cada -- um desconto de quase 20% em relação ao fechamento da segunda-feira. O aumento de capital prevê ainda bônus de subscrição.

- ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) era negociada em alta de 0,48%, em dia sem viés único no setor. BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) caía 1,86%, BANCO DO BRASIL ON (BVMF:BBAS3) avançava 0,11% e SANTANDER BRASIL UNIT (BVMF:SANB11) mostrava decréscimo de 0,34%. BTG PACTUAL (BVMF:BPAC11) UNIT subia 1,69%.

- RANDONCORP PN, que não faz parte do Ibovespa, avançava 3,37%, após anunciar acordo com a gestora de ativos Pátria Investimentos nas frentes de consórcios e seguros que contará com o aporte de até R$320 milhões do Pátria. O contrato prevê a constituição de uma empresa controladora das operações de consórcios e seguros, na qual fundos do Pátria poderão deter até 20% de participação no capital e a Randoncorp seguirá com fatia restante de ao menos 80%.

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