Investing.com - Em um dia de calma nos mercados globais, o Ibovespa corrige parte das perdas dos últimos leilões e opera em alta, com ganhos da Petrobras (SA:PETR4) e do setor siderúrgico. Ás 13h, o índice ganha 1% aos 49.150 pontos.
Após quase uma semana em baixa, os principais índices de ação globais operam em alta nesta quarta-feira. Os europeus CAC 40, DAX e o FTSE 100 subiram, respectivamente, 0,98%, 0,9% e 0,7%, enquanto os norte-americanos Nasdaq, S&P 500 e Dow Jones 30 ganham 0,3%, 0,2% e 0,2%, nesta ordem. Nos últimos pregões as bolsas cederam com a perspectiva cada vez maior de que os ingleses votarão pela saída do Reino Unido da União Europeia.
Outra incerteza que mexe com o mercado terá novos capítulos hoje. Às 15h, o Fed divulgará sua taxa de juros e a expectativa do mercado é que não haja alterações no patamar de 0,5%. Os olhares estarão voltados para o discurso da presidente do banco, Janet Yellen, às 15h30, que poderá indicar se o aperto monetário virá nas reuniões de julho ou de setembro.
No cenário interno, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, detalhou o projeto do governo de limitar os gastos públicos. Segundo o ministro, o desembolso anual do governo não poderá superar ao gasto do exercício anterior, acrescido da inflação. O objetivo é garantir que as despesas do governo não cresçam sem controle e acabem tendo uma participação menor no PIB. A fórmula terá validade de 10 anos, renováveis por mais 10.
Ainda no noticiário local, o setor de serviços recuou 4,5% em abril na comparação anual, no pior mês desde 2012, mantendo sequência de 13 meses com valores negativos. A inflação mostrou força e o IGP-10 avançou 1,42% em junho, contra 0,6% em maio.
No Ibovespa, o grande destaque do dia vem das ações da Usiminas (SA:USIM5) que disparam 11% com o anúncio de acordo com bancos brasileiros credores, BNDES e debenturistas para renegociar uma parcela correspondente da dívida total de R$ 7,5 bilhões. A companhia obteve prazo de 10 anos para pagar, com três anos de carência. O acordo depende de aumento de capital de R$ 1 bilhão.
As demais siderúrgicas operam com fortes ganhos após as perdas dos últimos pregões. CSN (SA:CSNA3) ganha 6%, seguida por Gerdau (SA:GGBR4) com +4,5% e Metalúrgica Gerdau (SA:GOAU4), +3,6%.
A Vale (SA:VALE5) dispara 4,6% acompanhando o otimismo do mercado. A companhia anunciou ter paralisado o transporte de carvão em Moçambique após ataques armados aos seus trens. O minério de ferro fechou praticamente estável na China aos US$ 50,65. A Bradespar (SA:BRAP4) ganha 4,2%.
A Petrobras avança 4% e se descola da cotação do petróleo no mercado internacional, em baixa de 1%. O movimento de correção interrompe quatro pregões consecutivos de queda, com perdas acumuladas de 11,6%.
Os bancos operam com ganhos liderados pelo Itausa (SA:ITSA4) com +1,5%. O Bradesco (SA:BBDC4), que anunciou distribuição de R$ 1,002 bilhão em juros sobre capital próprio, ganha 1,4%, seguido por Itaú Unibanco (SA:ITUB4) (+1,3%) e Banco do Brasil (SA:BBAS3) (+1%).
A Kroton (SA:KROT3) lidera as perdas com queda e 2,9%. Segundo o Valor, os controladores da Estácio (SA:ESTC3) aguardam uma proposta melhor da empresa para voltar a negociar a fusão. A OAB, contudo, entrou no Cade para impedir a operação com o argumento de que a nova companhia terá mais de 30% das vagas de universidade em 75 cidades. Estácio sobe 0,6% e a Ser Educacional (SA:SEER3), concorrente da Kroton na fusão, cai 0,8%, fora do Ibovespa.
As exportadoras de celulose cedem com a desvalorização do dólar. Fibria (SA:FIBR3) cai 2% e a Suzano (SA:SUZB5) perde 0,8%.
Fora do Ibovespa, a Oi (SA:OIBR4) dispara 12% corrigindo queda de 14,4% no pregão de ontem após boatos de calote.
Dólar
A moeda norte-americana perde 0,8% frente ao real e é vendida a R$ 3,45