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Ibovespa sobe 2,78%, a 112,7 mil pts, e tem maior ganho semanal desde nov/20

Publicado 12.08.2022, 15:19
Atualizado 12.08.2022, 18:46
© Reuters Ibovespa sobe 2,78%, a 112,7 mil pts, e tem maior ganho semanal desde nov/20
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O Ibovespa andou à frente das referências de Nova York nesta última sessão de semana em que também acumulou ganhos acima dos vistos nos principais mercados de fora, acelerando a recuperação em agosto - até aqui, 9,31% - após avanço de 4,69% em julho. Nesta sexta-feira, colheu o quarto ganho semanal consecutivo, e o melhor da série, com alta de 5,91% no intervalo das últimas cinco sessões - o maio ganho semanal desde o início de novembro de 2020 (7,42% então).

Hoje, subiu 2,78%, aos 112.764,26 pontos, máxima da sessão no fechamento, carregado por forte desempenho das estatais Petrobras (BVMF:PETR4) (ON +8,02%, PN +7,20%) e Banco do Brasil (BVMF:BBAS3) (ON +5,65%), em dia de ganhos bem distribuídos, embora menos notáveis, na maioria das ações de peso no índice. Vale (BVMF:VALE3) (ON +0,94%), que hesitou entre perdas e ganhos ao longo do dia, fechou na máxima da sessão assim como o Ibovespa.

Entre a mínima e a máxima desta sexta-feira, o índice da B3 (BVMF:B3SA3) oscilou dos 109.717,94, da abertura, até o topo, em variação de pouco mais de 3 mil pontos que coincidiu com o encerramento da sessão no maior nível desde 20 de abril, então aos 114.343,78 pontos. O giro financeiro foi a R$ 35,9 bilhões nesta sexta-feira. No ano, o Ibovespa avança 7,58%. Na ponta ganhadora, destaque na sessão para Magazine Luiza (BVMF:MGLU3) (+17,76%), Hapvida (BVMF:HAPV3) (+16,97%) e Via (+13,98%), com Natura (BVMF:NTCO3) (-10,36%), Sabesp (BVMF:SBSP3) (-4,42%) e JBS (BVMF:JBSS3) (-2,62%) no lado oposto, após uma nova fornada de resultados trimestrais, de empresas do varejo, de serviços e bens de consumo.

Em porcentual, o ganho de hoje do Ibovespa foi o maior desde a sessão de 2 de dezembro passado (3,66%). Com o forte avanço visto na semana, o mercado financeiro voltou a ajustar para baixo o otimismo sobre o desempenho das ações no curtíssimo prazo, no Termômetro Broadcast Bolsa desta sexta-feira. Entre os participantes, a expectativa de alta para o Ibovespa ficou em 60%, de 70% no último Termômetro, perdendo fôlego pela terceira semana seguida, mas sendo ainda a fatia majoritária. Os que esperam estabilidade e os que preveem queda são 20% nos dois casos, ante 10,00% e 20,00%, respectivamente, na pesquisa anterior.

"A semana foi muito boa para o Ibovespa, mesmo tendo realizado um pouco ontem após uma série de sete ganhos diários. O volume também se manteve alto nos dois últimos dias, bem acima da média, e isso se deve a duas causas: primeiro, o final do ciclo de alta de juros do nosso BC, o que trouxe um rali de otimismo não só para Bolsa mas também para os juros longos, que fecharam muito nesses últimos dias; e, segundo, pelos índices de inflação nos Estados Unidos, com a deflação, na leitura de ontem, no PPI índice de preços ao produtor", diz Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master.

"O comportamento extremamente positivo de hoje reflete algumas coisas. Primeiro, não houve notícias negativas, nada também no campo político que preocupasse muito, o que deixou a porta aberta para mais um dia de ganhos, como os que a gente tem visto recentemente. Mas o fator principal do dia foram os balanços corporativos, com uma série grande entre ontem e hoje. Na maioria, os resultados agradaram os investidores, o que ajuda a entender essa alta bem generalizada de hoje, entre os setores", diz Helena Veronese, economista-chefe da B.Side Investimentos.

Assim, a disseminação dos ganhos foi perceptível em índices setoriais, como o de consumo, em alta de 2,68% na sessão, e o de materiais básicos, que subiu 1,87%.

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