Calendário Econômico: Livro Bege do Fed, guerra comercial, dado de atividade no BR
A Bolsa de Londres voltou a subir e a queda da libra diante das demais moedas dá uma trégua (Frank Rumpenhorst/dpa/AFP)
SÃO PAULO – Os investidores internacionais vivem o primeiro dia de calmaria após o Brexit na semana passada. Após uma corrida para colocar nos preços os efeitos de curto prazo da saída do Reino Unido da União Europeia, agora o mercado se questiona sobre o timing que o divórcio será efetivamente concretizado.
A Bolsa de Londres voltou a subir e a queda da libra diante das demais moedas dá uma trégua. "Hoje a palavra de ordem nos mercados ao redor do globo é a recuperação", avalia o analista Guilherme França Esquelbek, da Correparti.
O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, apelou hoje aos grandes BCs que coordenem melhor suas políticas para lidar com o problema da inflação extremamente baixa, alertando que desvalorizações cambiais competitivas são prejudicais para a economia global.
Sobe e desce
O Ibovespa opera em alta de 1,43% e encosta nos 50 mil pontos. Destaque de alta para a Petrobras (SA:PETR4), com o governo indicando maior disposição em vender o controle da BR Distribuidora, e de queda para a Hypermarcas (SA:HYPE3). A empresa foi citada como a responsável pelo pagamento de R$ 30 milhões em propinas.
Por aqui, os investidores avaliam os dados do Relatório Trimestral de Inflação. O documento publicado hoje aponta que a nova diretoria do Banco Central, sob a batuta de Ilan Goldfajn, terá uma postura dura contra a inflação.
Ilan será “hawkish”, termo do mercado usado para BCs cautelosos com os cortes de juros. Para Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset, “os juros devem permanecer inalterados até a reunião de outubro, no mínimo, conforme indicamos anteriormente em nossos relatórios”.