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Ibovespa sobe em linha com Wall St com esperanças de tarifas mais moderadas nos EUA

Publicado 06.01.2025, 11:22
Atualizado 06.01.2025, 11:25
© Reuters
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Por Patricia Vilas Boas

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa avança nesta segunda-feira, seguindo a tendência positiva dos futuros acionários nos Estados Unidos, com analistas apontando para a notícia de que os planos tarifários prometidos pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, serão apenas sobre importações críticas, movimento mais moderado em relação ao esperado anteriormente.

No Brasil, o mercado repercute novas projeções altistas para a inflação e a divulgação de dados de atividade do setor de serviços. A semana também promete uma agenda econômica mais agitada tanto doméstica quanto internacionalmente.

Às 11h, o Ibovespa, índice de referência do mercado acionário brasileiro, subia 1,19%, a 119.947,76 pontos, tendo marcado 120.058,64 pontos na máxima e 118.533,98 na mínima da sessão até o momento. O volume financeiro somava 2,8 bilhões de reais no pregão.

"O Ibovespa hoje deve retomar o nível de liquidez após o período de festas", afirmou o analista Harrison Gonçalves, sócio da CMS Invest, após duas semanas úteis mais curtas em função dos feriados de Natal e Ano Novo.

Nesta segunda-feira, pesquisa Focus, do Banco Central, mostrou que o mercado subiu projeção para o nível da Selic ao fim deste ano, de 14,75% para 15,00%, em meio a expectativas também mais altas para o avanço do IPCA em 2025 e 2026, indicando que o pessimismo com a trajetória da inflação deve permanecer.

Dados de atividade também mostraram que o setor de serviços no Brasil teve em dezembro o menor crescimento de 2024, com algumas empresas reportando uma demanda mais fraca, enquanto os custos de insumos sofreram o maior aumento em quase dois anos e meio, conforme pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI) da S&P Global.

Mas o destaque da sessão, também visto como catalisador da recuperação do Ibovespa no dia, é uma reportagem do jornal The Washington Post desta segunda-feira que aponta que assessores de Trump estariam explorando tarifas universais que abrangeriam apenas importações críticas, disseram analistas, o que estaria impulsionando a alta nas bolsas globais e a queda do dólar.

"Essa mudança de abordagem pode mitigar algumas preocupações que geram aversão ao risco, como a possibilidade de uma guerra comercial e a inflação norte-americana mais elevada, abrindo espaço para cortes de juros pelo Federal Reserve", disse a analista de renda variável Bruna Sene, da Rico.

"Embora a situação permaneça incerta, essa perspectiva está animando os mercados nesta manhã, incluindo a bolsa brasileira, que retorna ao patamar dos 120 mil pontos após ter perdido esse suporte na semana passada."

Em Wall Street, os futuros dos índices acionários apontavam para uma abertura positiva, em meio também a um otimismo renovado em torno de empresas vinculadas à tecnologia de inteligência artificial.

O dia ainda marca a entrada em vigor da nova carteira teórica do Ibovespa, que adiciona as ações da Marcopolo e da Porto Seguro (BVMF:PSSA3) enquanto retira os papéis da Eztec (BVMF:EZTC3) e da Alpargatas (BVMF:ALPA4). Ela permanece em vigor até 2 de maio.

 

DESTAQUES

- VALE ON (BVMF:VALE3) subia 0,64%, mesmo em sessão de queda para os preços do minério de ferro na China. O contrato de maio do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações do dia com perda de 2,21%, a 751,5 iuans (102,54 dólares) a tonelada, fechando no nível mais fraco desde 19 de novembro.

- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) caía 0,3%, apesar de ter como pano de fundo um petróleo Brent em alta de 0,33%, a 76,76 dólares por barril. No setor, BRAVA ENERGIA ON ganhava 2,11% e PRIO ON (BVMF:PRIO3) valorizava-se 2,19%. Em comunicado para anunciar alteração de participação acionária relevante, a Prio informou na sexta-feira que o Goldman Sachs (NYSE:GS) detêm 4,95% em posição de derivativos na petrolífera.

- ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) subia 2,78%, entre os destaques em bancos, enquanto BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) avançava 1,79%, SANTANDER BRASIL UNIT (BVMF:SANB11) ganhava 1,24% e BANCO DO BRASIL ON (BVMF:BBAS3) valorizava-se 0,76%.

- ENEVA ON (BVMF:ENEV3) tinha alta de 5,56%, após o Ministério de Minas e Energia alterar portaria com as regras para a realização de um leilão de reserva de capacidade, permitindo que termelétricas existentes possam disputar contratos com entrega de energia em 2028, 2029 e 2030. A alteração beneficia a Eneva, uma vez que, pelas regras anteriores, a companhia estava impossibilitada de tentar a recontratação de usinas do complexo Parnaíba.

- MARCOPOLO PN (BVMF:POMO4) avançava 2,31% e PORTO SEGURO ON subia 2,19%, após inclusão dos papéis na nova carteira do Ibovespa.

- AZUL PN (BVMF:AZUL4) disparava 10,67%, em seu sexto pregão consecutivo de alta. A companhia aérea confirmou na sexta-feira acordo com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e a Receita Federal para reduzir seus débitos em cerca de 1,8 bilhão de reais. No setor, GOL (BVMF:GOLL4) PN, que não está no Ibovespa, saltava 14,49%. A companhia, que também chegou a acordo para renegociar seus débitos, reportou na sexta-feira um prejuízo líquido de 176 milhões de reais em novembro, com dívida líquida superando os 31 bilhões de reais.

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