Ibovespa sobe seguindo exterior com otimismo por vacina; eleições são destaque

Publicado 16.11.2020, 10:12
Atualizado 16.11.2020, 10:16
© Reuters.

Por Ana Carolina Siedschlag

Investing.com - A segunda-feira (16) pós-eleições municipais no Brasil é marcada pela tranquilidade nos mercados internacionais, com o Ibovespa subindo 1,18% na abertura após os futuros americanos ganharem impulso com notícias da farmacêutica Moderna de que a sua vacina contra o Covid-19 se mostrou mais de 94% eficaz.

Dow Jones Futuros e o S&P 500 Futuros subiam 1,63% e 1,07%, respectivamente, enquanto o Nasdaq 100 Futuros caía 0,23%, com saída de investidores de ações de tecnologia. Na Europa, o índice Stoxx Europe 600 subia 1,31%. Aqui, o Ibovespa avançava para 105.954 pontos.

Na madrugada, os mercados na Ásia fecharam em fortes altas após o anúncio, no domingo, do maior acordo comercial do mundo, que envolve quinze economias da região do Pacífico, incluindo a China, o Japão e a Austrália. A Parceria Econômica Regional Abrangente, ou Rcep, na sigla em inglês, atingirá 30% da economia global e 2,2 bilhões de consumidores, ou 30% da população do planeta.

O acerto é uma vitória da China ante os EUA, já que abre outros mercados para o gigante asiático e pode diminuir a dependência de mercados consumidores do ocidente. O índice Shanghai Composite fechou em 1,11%, enquanto o Nikkei 225, negociado em Tóquio, subiu 2,22%.

Também ajudaram na alta dos índices a produção industrial chinesa de outubro, que avançou 6,9% na base mensal, contra o consenso de 6,5%, e os números do PIB japonês do terceiro trimestre, com avanço de 21,4% na base sequencial, acima das expectativas.

Eleições municipais

E falando em eleições, 57 cidades brasileiras terão segundo turno para a escolha dos respectivos prefeitos, incluindo 18 capitais. Das 100 cidades mais populosas do país, 43 já decidiram a eleição neste domingo, com 12 partidos consagrados, sendo o destaque o Democratas, que colocou prefeitos em três capitais.

Os jornais destacam a forte presença do chamado Centrão, bloco que reúne os partidos de centro, na maior parte das vitórias deste final de semana e da perda de ímpeto do voto antipolítico, que protagonizou as eleições presidenciais de 2018. O PSL, antigo partido do presidente Jair Bolsonaro, e o PT ficaram de fora das maiores disputas municipais, com o DEM assumindo o papel de maior representante da direita e partidos da esquerda, como o PSol, recuperando terreno.

Em São Paulo, a disputa do segundo turno será entre o atual prefeito Bruno Covas, do PSDB, e Guilherme Boulos, do PSol, enquanto no Rio de Janeiro será entre Eduardo Paes, do DEM, e Marcelo Crivella, do Republicanos.

As principais manchetes também destacam o problema técnico que provocou lentidão na totalização dos votos das eleições. Segundo o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Luís Roberto Barroso, a falha foi originada em um problema de hardware a partir do próprio TSE, sem responsabilidade dos tribunais regionais eleitorais, e não traz problemas de “confiabilidades” aos resultados.

Agenda do dia

Para hoje, além das análises da eleição, a agenda do dia conta a participação do presidente Bolsonaro em evento no Palácio do Planalto em celebração à Amazônia, às 10h00. À tarde, ele tem uma reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, que tem videoconferências ao longo do dia com os secretários da pasta e com o presidente do BNDES, Gustavo Montezano.

Já o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participou de cerimônia de lançamento do Pix, às 9h30, e segue para palestra no evento Annual Latin America Conference, promovido pela Chatham House e pelo Development Bank of Latin America, às 15h40.

A agenda de indicadores não tem grandes divulgações previstas para hoje, com destaque para o Índice Empire State de Atividade Industrial de novembro dos EUA, às 10h30, e a confiança do consumidor da Fundação Getulio Vargas, que caiu 2,2 pontos este mês, para 80,4. À tarde, o Ministério da Economia divulga a balança comercial semanal, e às 13h00 acontece o vencimento de opções sobre ações na B3 (SA:B3SA3).

Notícias corporativas

Após um mês de divulgações, a temporada de balanços do terceiro trimestre chega ao fim com as divulgações da IMC (SA:MEAL3), Notre Dame Intermedica (SA:GNDI3), CVC Brasil (SA:CVCB3), Qualicorp (SA:QUAL3) e Banco BMG (SA:BMGB4) após o fechamento do mercado de hoje.

Agora de manhã, as ações preferenciais da Azul (SA:AZUL4) disparavam 5,76% após a companhia apresentar para o terceiro trimestre quase o dobro do prejuízo líquido do período anterior, a R$ 1,23 bilhão, ante prejuízo de R$ 550,5 milhões no mesmo intervalo de 2019, mas uma recuperação mais rápida que o esperado na demanda.

Na sexta-feira (13), a CVC Brasil (SA:CVCB3) divulgou os resultados do terceiro trimestre de 2020, com prejuízo líquido de R$ 215,6 milhões, revertendo o lucro líquido de R$ 13,2 milhões em igual período de 2019. A empresa explicou que a perda refletiu os impactos das restrições provocadas pela pandemia de Covid-19 nas suas atividades operacionais.

Já o grupo de energia e infraestrutura Cosan (SA:CSAN3) viu o lucro do terceiro trimestre cair, em meio à queda das ações de sua controlada Rumo (SA:RAIL3) e pelo menor rendimento de aplicações, além de efeitos negativos do câmbio.

E a Cemig (SA:CMIG4) reverteu prejuízo do terceiro trimestre do ano passado e encerrou o último período com lucro líquido de R$ 545,4 milhões.

O lucro, antes de juro, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) consolidado da companhia somou R$ 1,4 bilhão (ante R$ 195,4 milhões no terceiro trimestre de 2019), enquanto o ajustado foi para R$ 1,33 bilhão (R$ 1,068 bilhão um ano antes). A margem Ebitda subiu para 20,86% no terceiro trimestre, de 17,6% no mesmo período de 2019.

--Com informações de Reuters e Estadão Conteúdo

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