Investing.com - Na parta de manhã desta quarta-feira, as ações da Iguatemi (SA:IGTA3) operam com queda de 2,67% a R$ 42,32, liderando assim as perdas do Ibovespa. A administradora de shopping centers teve lucro líquido de 76 milhões de reais no quarto trimestre, superando em 14,1 por cento o resultado do mesmo período de 2017, com aumento nas vendas e receita maior com aluguel em meio à redução gradual de descontos a lojistas.
"Já sentimos uma tímida retomada do consumo. A maturação dos projetos inaugurados no último ciclo de lançamentos da companhia e o preenchimento de áreas vagas também foram importantes para apresentarmos um bom desempenho", disse a diretora financeira do grupo, Cristina Betts, em comunicado sobre os resultados.
Apesar da alta no lucro, a avaliação de corretoras e bancos não foi positiva. A Mirae Asset avalia que, no geral, o resultado foi neutro e dentro da expectativa, mas ressalta que o fluxo de pessoas tende a aumentar ao longo do ano, lembrando que em 2019 não teremos impactos negativos nas vendas, como a Copa do Mundo e a indefinição do cenário eleitoral, como ocorreu em 2018. A corretora espera aumento de vendas e de margens, mantendo no momento a recomendação neutra, com upside de 4,3%.
Na avaliação dos analistas do Credit Suisse, o balanço do 4º trimestre da companhia veio negativo, devido a um nível maior que o esperado de custos relacionados à Vendas, Gerais e Administrativos (SG&A, na sigla em inglês). Mesmo assim, os analistas do banco suíço consideram a performance do Iguatemi boa no período, algo que já imbutido no preço das ações. "Acreditamos que o resultado do trimestre deve trazer alguma revisão pra baixo de earnings e nos levaram a adotar uma postura um pouco mais conservadora", escrevem, mantendo a recomendação 'neutra' para os papéis.
O desempenho operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) somou 159 milhões de reais entre outubro e dezembro, com margem de 79,3 por cento.
As vendas totais atingiram 4,2 bilhões de reais, alta de 5 por cento ano a ano, ajudadas pela recente revitalização do mix de lojas. No conceito mesmas lojas, houve crescimento de 3,4 por cento, enquanto em mesmas áreas a alta foi de 5 por cento.
Em termos de aluguel, o Iguatemi elevou em 4,7 por cento a receita em mesmas áreas, e de 4,3 por cento em mesmas lojas na comparação com os três últimos meses de 2017. Outro indicador que mostrou melhora foi a taxa de ocupação, que subiu 0,4 ponto percentual no quarto trimestre, para 94,6 por cento.
Com Reuters.