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Importação de arroz pelo Brasil dispara no acumulado de setembro

Publicado 14.09.2020, 19:25
© Reuters. Arroz em prateleiras de supermercado no Rio de Janeiro (RJ)

Por Roberto Samora

SÃO PAULO (Reuters) - As importações de arroz com ou sem casa pelo Brasil aumentaram fortemente neste mês, até a segunda semana, na comparação com a média diária registrada em setembro completo de 2019, diante de preços recordes no mercado nacional que levaram o governo a isentar de tarifas uma cota para compras externas, na semana passada.

As maiores importações comparativamente com 2019, de acordo com dados do Ministério da Economia divulgados nesta segunda-feira, ocorreram apesar de um câmbio desfavorável para compras externas e de um preço em dólar mais de 20% maior.

A média das aquisições de "arroz com casca, paddy ou em bruto" disparou 310,9%, para 864,3 toneladas ao dia, enquanto os preços de importação atingiram 337,3 dólares por tonelada, alta de 27,52%, conforme os dados do governo.

Ao todo, a importação desse tipo de arroz no acumulado do mês até a segunda semana somou 6,9 mil toneladas, já superando as 4,4 mil toneladas vistas em todo o mês de setembro de 2019.

Já as importações de arroz "sem casa ou semi elaborado, polido, glaceado, quebrado, parbolizado ou convertido" somaram 3,3 mil toneladas ao dia, alta de 14,74% ante a média do mesmo mês do ano passado, acumulando um total de 26,7 mil toneladas até a segunda semana.

Não havia informações disponíveis sobre o origem das importações registradas na parcial de setembro.

As importações cresceram em meio a expectativas de que o governo poderia isentar uma cota de tarifa, o que acabou se confirmando, e diante de preços recordes no mercado nacional acima de 100 reais a saca de 50 kg no Rio Grande do Sul, conforme indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), valor que representa mais que o dobro do visto no mesmo período do ano passado.

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Em agosto, as importações pelo Brasil ainda foram 46% mais baixas frente o mesmo período do ano passado, para 44 mil toneladas, de acordo com dados do Ministério da Agricultura. Enquanto isso, no acumulado dos oito primeiros meses do ano, as aquisições tinham caído 17,2%, para 417 mil toneladas.

A queda nas compras externas até agosto, assim como fortes exportações de arroz pelo Brasil, impulsionadas pelo câmbio, além do aumento do consumo nos lares durante a pandemia, estão entre os fatores para a alta nos preços do cereal este ano.

Entre os principais fornecedores de arroz ao Brasil estão os países do Mercosul, mas com o câmbio desfavorável esse negócios tinham sido menos intensos até o mês passado.

Com a isenção da tarifa de 10% a 12%, para o arroz em casca e beneficiado, respectivamente, para uma cota de 400 mil toneladas até o final do ano para o produto de fora do Mercosul, o governo brasileiro espera que Estados Unidos e Tailândia estejam entre os principais fornecedores, disse a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, na semana passada.

A cota sem tarifa é vista pelo governo como uma forma de aliviar os preços para os consumidores.

Procurada, a Associação Brasileira da Indústria de Arroz (Abiarroz) não retornou pedidos de comentários sobre importações.

Grandes empresas nacionais, como Camil (SA:CAML3) e Tio João, preferiram não comentar o assunto.

A cota sem tarifa representa cerca de 35% das importações brasileiras totais projetadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para o ano.

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Últimos comentários

Uma correção:  As exportações acumuladas no ano, até agosto/2020 foram 883.000 toneladas, ante a média de 12 meses dos últimos 10 anos, que é 1.360.000 toneladas. Assim, colocar a culpa em exportações é errado. Bem assim, a cotação do U$ vai pesar sim, mas  agora nas importações. O fato é que sem estímulos e preços competitivos, os produtores de arroz deixaram a cultura, além da perda da produção acumulada de quase 2.000.000 de toneladas que deixaram de ser produzidas na Reserva Indígena Raposa Serra do Sol, desde 2008. Disto resulta que os estoques finais (de passagem) que eram 2.500.000 toneladas há pouco mais de 10 anos, nesta última safra colhida (2019/2020) foi de 441.000 toneladas, suficientes para míseros 18 dias de consumo. Redução de mais de 2.000.000 de toneladas. Não tem segredo, lei da oferta e demanda.
Se está mais vantajoso financeiramente para o produtor exportar, elevando o preço aqui no Brasil, o produtor está certo. Quem está errado é o Paulo Jegues que tomou decisões que elevaram a cotação do dólar, fazendo que o Real seja uma das moedas mais desvalorizadas no mundo em 2020.
  Primeiro não é o produtor quem exporta e sim tradings. A safra de arroz colhida foi travada em contratos futuros entre 45 e 50 reais, não é o produtor quem está ganhando com a alta. São as tradings, que agora serão beneficiadas com isenção da TEC. Quanto aos números das exportações, queira por gentileza verificar e verá que a estimativa era de aumento que não se concretizou e deverá ficar abaixo da média histórica. A média histórica de exportações (10 anos) é 1.360.000 toneladas de arroz e a previsão para este ano era de 1.500.000, mas até agosto foram exportadas 883.000 toneladas, portanto muito abaixo da previsão inicial. Esses dados são da Conab e do Siscomex. Não são os índios os culpados, pois nunca plantaram e sim as ações de Governos que não estimulam produção e formação de estoques estratégicos para a Segurança Alimentar- não no sentido populista, mas no sentido de Soberania e segurança mesmo. É inegável que os estoques finais de passagem estão em 17% do que eram 12 anos atrás.
obrigado pela explanação. Ficou mais clara agora.
Ja imaginou se os agricultores tivessem acreditado na canalhice do fique em casa e salve vidas? Mesmo tendo dinheiro mas nao haveria o que comprar? Aí sim estaria bom, né, mané
bla bla bla...grito mito
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