Índices futuros dos EUA acentuam queda; aumenta temor de recessão

Publicado 10.03.2025, 08:18
© Reuters

Investing.com – Os principais índices de ações dos Estados Unidos recuam nesta segunda-feira, dando sequência ao movimento de venda da semana passada, em meio a preocupações com o impacto das políticas tarifárias do presidente Donald Trump sobre a economia americana.

Por volta das 9h40 de Brasília, o Dow Jones perdia 1,15%, enquanto o S&P 500 recuava 1,41% e o Nasdaq 100 caía 1,72%.

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Na semana passada, os índices registraram perdas expressivas, após Trump impor tarifas de 25% sobre México e Canadá, revertendo parcialmente a medida ao isentar a maioria dos produtos por um mês, o que elevou a incerteza sobre sua política comercial. O S&P 500 recuou quase 3% no período, marcando seu pior desempenho em seis meses, enquanto o Dow Jones Industrial Average caiu 2,2% e o Nasdaq Composite acumulou queda de 3,5%, ampliando para mais de 10% as perdas desde a máxima histórica de dezembro, o que o coloca em território de correção.

Trump não descarta recessão nos EUA

O sentimento dos mercados também foi pressionado após Trump evitar descartar a possibilidade de uma recessão nos Estados Unidos ainda este ano. Em entrevista à Fox News no programa Sunday Morning Futures, o presidente afirmou que o país atravessa um “período de transição” devido às mudanças promovidas por sua agenda econômica e comercial.

Além das tarifas sobre México e Canadá, Trump elevou os impostos sobre importações chinesas, provocando retaliações de Pequim. O presidente planeja implementar uma política de tarifas globais recíprocas a partir de 2 de abril, o que pode agravar ainda mais o humor do mercado.

Inflação dos EUA no radar do mercado

O principal dado econômico da semana será o índice de preços ao consumidor (IPC) de fevereiro, que deve oferecer novos sinais sobre a trajetória da inflação americana.

O relatório, que será divulgado na quarta-feira, abrangerá o primeiro mês completo do governo Trump desde seu retorno à Casa Branca. Em janeiro, os preços registraram a maior alta desde agosto de 2023.

A expectativa é que a inflação anual desacelere de 3,0% para 2,9%, enquanto, na comparação mensal, a variação deve diminuir de 0,5% para 0,3%. Esses números serão fundamentais para o Federal Reserve, que se reúne nos dias 18 e 19 de março para decidir os próximos passos da política monetária.

Outros dados econômicos relevantes serão divulgados ao longo da semana, incluindo o relatório Job Openings and Labor Turnover Survey (JOLTS), que mede a demanda por mão de obra nos EUA. Na sexta-feira, o relatório oficial de empregos apontou a criação de 151 mil vagas em fevereiro, abaixo das expectativas, enquanto a taxa de desemprego subiu para 4,1%.

Resultados do setor de tecnologia no foco dos investidores

Os balanços trimestrais de grandes empresas de tecnologia estão no radar do mercado nesta semana, com destaque para a Oracle (NYSE:ORCL).

A divulgação ocorre após Trump afirmar que a companhia, em parceria com a OpenAI e a japonesa SoftBank (TYO:9984), investirá fortemente em infraestrutura de inteligência artificial.

Outros balanços importantes do setor virão da Adobe (NASDAQ:ADBE) e da DocuSign (NASDAQ:DOCU). No varejo, os números da Dick’s Sporting Goods (NYSE:DKS) e da Kohl’s (NYSE:KSS) podem fornecer novos sinais sobre a força do consumo nos Estados Unidos.

Petróleo avança após recentes quedas

Os preços do petróleo registram leve alta nesta segunda-feira, recuperando parte das perdas da última semana, quando os contratos atingiram os menores níveis em mais de três anos, pressionados por preocupações com a demanda global diante das incertezas geradas pelas tarifas comerciais dos EUA.

O barril do Brent subia 0,65%, a US$ 70,82, enquanto o do Texas (WTI) avançava 0,78%, para US$ 67,56 no mercado futuro.

Os dados de inflação ao consumidor e ao produtor da China, divulgados no fim de semana, reforçaram a tendência deflacionária na segunda maior economia do mundo, elevando os temores sobre a demanda global por commodities energéticas.

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