Investing.com — Os resultados do primeiro trimestre fiscal da Microsoft (BVMF:MSFT34) (NASDAQ:MSFT) e suas projeções para o trimestre atual deixaram muitos investidores em “modo de espera”, segundo analistas do RBC Capital Markets.
Em outubro, a empresa anunciou que seus gastos de capital aumentariam, devido a investimentos contínuos no desenvolvimento de capacidades em inteligência artificial. A Microsoft se destacou como uma das líderes no entusiasmo em torno dessa tecnologia emergente, especialmente pelo sucesso de sua plataforma em nuvem Azure e pela parceria estratégica com a OpenAI, criadora do ChatGPT.
Apesar do otimismo, diversos analistas apontam dúvidas sobre o retorno dos gastos expressivos com data centers, processadores gráficos de alto desempenho e outros equipamentos de rede necessários para sustentar a expansão em IA.
A receita do Azure cresceu 33% no primeiro trimestre fiscal, superando levemente as estimativas de 32%. Porém, a diretora financeira, Amy Hood, alertou que o crescimento desse segmento deve desacelerar para uma faixa de 31% a 32% no segundo trimestre fiscal.
Ainda assim, os analistas do RBC preveem uma aceleração no terceiro trimestre fiscal e um crescimento ainda mais rápido nos últimos três meses do ano financeiro da Microsoft. Segundo eles, isso pode resultar em uma expansão anual da Azure de 34% a 35% no segundo semestre, consolidando um crescimento mais forte em comparação à primeira metade do ano e preparando a empresa para um desempenho robusto no ano fiscal de 2026.
No primeiro trimestre fiscal, a Microsoft registrou um lucro por ação de US$ 3,30, com receita total de US$ 40,59 bilhões. As projeções dos analistas consultados pelo Investing.com indicavam um lucro por ação de US$ 5,21 e uma receita de US$ 40,18 bilhões.
Em nota aos clientes, os analistas liderados por Rishi Jaluria disseram que as conversas com investidores revelaram um posicionamento cauteloso em relação às ações da Microsoft. Muitos permanecem “à margem” ou com posição reduzida até a divulgação dos resultados do segundo trimestre fiscal.
Além disso, a conferência anual de desenvolvedores da Microsoft, programada para a próxima semana, não deve servir como um catalisador significativo para as ações, de acordo com os analistas.