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IPO Hidrovias do Brasil: Ações estreiam com queda de 3% após levantar R$ 3,4 bi

Publicado 25.09.2020, 10:40
© Reuters.
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Por Ana Julia Mezzadri e Gabriel Codas

Investing.com - As ações da Hidrovias do Brasil (SA:HBSA3) começam a ser negociadas com queda de mais de 3% nesta sexta-feira (25) na bolsa de valores. Seu IPO movimentou R$ 3,4 bilhões, com precificação a R$ 7,56, na parte inferior da faixa indicativa, que ia de R$ 7,56 a R$ 8,88.

Às 10h51, os papéis eram negociados com baixa de 3,18% a R$ 7,32, oscilando entre mínima de R$ 7,22 e máxima de R$ 7,56, com R$ 122,5 milhões de volume negociado. A estreia ocorre em dia de aversão a risco no mercado, com Ibovespa recuando 1,1% a 95.896 pontos.

A oferta foi de distribuição secundária, isto é, foram vendidas ações já existentes, sem a emissão de novos títulos.

Volatilidade diminui ritmo de novos IPOs

O retorno da volatilidade aos mercados de ações acendeu o sinal de cautela nos investidores, com preocupações com uma possível nova onda da Covid-19. Esse cenário fez com que algumas empresas que pretendiam realizar a abertura de capital na bolsa brasileira desistissem da operação. A avaliação é que a janela segue aberta, mas com menos intensidade. As informações são da edição desta sexta-feira da Coluna do Broadcast, do Estadão.

A reportagem cita o caso do banco BR Partners (SA:BRBI11), que iria precificar na quarta-feira seu IPO, mas desistiu depois de decidir não reduzir o preço pedido pelos papéis. No caso da empresa de logística Hidrovias do Brasil, da gestora Pátria, a demanda foi no piso de sua faixa indicativa de preço. Outro exemplo é da Caixa Seguridade, que programava estrear em novembro, também postergou seus planos. Um gestor disse à Coluna de que há muita oferta e não existe dinheiro novo.

Em 2020, já foram realizadas mais de trinta ofertas de ações, sendo que metade foram ofertas iniciais. O volume das emissões, no total, passa de R$ 70 bilhões. Na fila para estrear há ainda mais 50 empresas, aproximadamente, sendo que mais de dez já estão na rua em roadshow. Os principais destaque, aquelas que têm demanda aquecida, são do birô de crédito Boa Vista e o atacarejo Grupo Mateus.

A publicação destaca que muitas das últimas ofertas precificadas já registraram muita pressão no preço e apenas saíram depois de um ajuste, para baixo. Dentre elas, três controladas da Cyrela (SA:CYRE3), a Lavvi (SA:LAVV3), Plano & Plano e Cury. A rede de farmácias Pague Menos também seguiu por esse caminho para atrair os investidores. O mesmo aconteceu com a Vitru, controladora da Uniasselvi, que na semana passada estreou na bolsa norte-americana Nasdaq, teve que colocar o preço para baixo. Por rejeitar esse movimento, a Riva 9 e You Inc suspenderam as operações.

A maior seletividade do mercado, informa o Estadão, já fez com que companhias que tinham o IPO no radar, como a varejista de moda esportiva Track & Field, devem deixar a operação para depois. No caso da Havan, ainda há a expectativa de estreia

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