🤑 Não fica mais barato. Garanta a promoção com 60% de desconto na Black Friday antes que desapareça...GARANTA JÁ SUA OFERTA

Juros futuros sobem com retorno do ceticismo sobre a área fiscal

Publicado 15.10.2024, 17:07
© Reuters.
US10YT=X
-
BR10YT=XX
-

Por Fabricio de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - Após o forte recuo da véspera, as taxas dos DIs fecharam a terça-feira em alta, em especial entre os contratos mais longos, com investidores voltando a demonstrar ceticismo em relação à capacidade do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de equilibrar as contas públicas, em meio à cautela global quanto aos próximos passos do Federal Reserve.

No fim da tarde, a taxa do DI para janeiro de 2025 -- que reflete as apostas para a Selic no curtíssimo prazo -- estava em 11,142%, ante 11,132% do ajuste anterior.

A taxa para janeiro de 2026 estava em 12,6%, ante o ajuste de 12,546%, e o vencimento para janeiro de 2027 marcava 12,735%, ante 12,659%.

Entre os contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2031 estava em 12,68%, ante 12,585%, e o contrato para janeiro de 2033 tinha taxa de 12,6%, ante 12,509%.

Na segunda-feira, a curva a termo brasileira passou por um forte movimento de retirada de prêmios, após a Reuters ter noticiado que o governo prepara medidas de contenção de gastos obrigatórios, a serem apresentadas após a realização do segundo turno das eleições municipais, no fim deste mês.

As taxas ensaiaram uma continuidade do movimento no início da sessão desta terça-feira, chegando a oscilar em baixa ante os ajustes da véspera. Entrevista do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, publicada pela Folha de S.Paulo, reforçou a defesa do cumprimento do arcabouço fiscal por parte do governo.

Mas, ainda pela manhã, as taxas migraram para o território positivo, refletindo certo esgotamento na curva do impulso de retirada de prêmios, com a alta do dólar ante o real, superior a 1%, também dando sustentação às taxas.

“Ontem (segunda) teve um pouco de realização (das altas recentes), em meio à notícia de contenção de gastos. Hoje (terça) volta o ceticismo de que o governo vai entregar, de fato, o corte de despesas necessário”, comentou durante a tarde Luciano Rostagno, estrategista-chefe e sócio da EPS Investimentos.

Além disso, conforme Rostagno, o mercado seguiu cauteloso em relação à próxima decisão de política monetária do Fed, em novembro, mantendo a perspectiva de corte de apenas 25 pontos-base -- e não de 50 pontos-base, como em setembro.

Comentários da presidente do Fed de San Francisco, Mary Daly, foram neste sentido. Segundo ela, mesmo com o corte do mês passado, a política monetária ainda está atuando para reduzir as pressões inflacionárias.

Embora Daly não tenha dito o que deseja ver na política monetária daqui para frente, ela disse que o Fed "deve permanecer vigilante e ser intencional", trabalhando para manter a inflação dentro da meta.

Neste cenário, após marcar a mínima de 12,49% às 9h07, em baixa de 10 pontos-base ante o ajuste da véspera, a taxa do DI para janeiro de 2031 atingiu a máxima de 12,69% às 16h12, em alta de 11 pontos-base.

Na ponta curta, o avanço das taxas se traduziu em apostas um pouco maiores de que o Banco Central do Brasil poderá subir a taxa básica Selic em 75 pontos-base em novembro.

Perto do fechamento desta terça-feira, a curva precificava 92% de probabilidade de alta de 50 pontos-base da Selic em novembro, contra 8% de chance de elevação de 75 pontos-base. Na segunda-feira os percentuais eram de 98% e 2%, respectivamente. Atualmente a Selic está em 10,75% ao ano.

No exterior, os rendimentos dos Treasuries curtos subiam no fim da tarde, mas os longos cediam. Às 16h47, o yield do Treasury de dois anos--que reflete apostas para os rumos das taxas de juros de curto prazo-- tinha alta de 1 pontos-base, a 3,954%. Já o retorno do Treasury de dez anos --referência global para decisões de investimento-- caía 4 pontos-base, a 4,032%.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.