Investing.com - A Klabin (BVMF:KLBN11) anunciou nesta quinta-feira a compra de 150 mil hectares de terras e florestas no Paraná do grupo chileno Arauco por 1,16 bilhão de dólares, acelerando projeto para reduzir sua dependência de madeira de terceiros como forma de cortar custos.
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Analistas do BTG Pactual (BVMF:BPAC11) a transação parece sensata do ponto de vista numérico, mas com algumas ressalvas. A companhia está realizando um desembolso inicial para uma série de "economias" anuais, com a compra de terras a preços atrativos.
"Com uma TIR real implícita de 13%, que deverá resultar num VPL de cerca de R$2/shr (acréscimo de ~8,5%). No entanto, dada a dimensão da transacção e o interesse do investidor com obsessão com a desalavancagem, não ficaríamos surpresos em ver o reflexo inicial uma reação seja negativa, já que os preços de mercado - em uma queima significativa de caixa, ainda mais alta. Múltiplos de EBITDA e trajetória de desalavancagem mais lenta em 2024/25. Continuamos a preferir exposição à Suzano (BVMF:SUZB3) em relação à Klabin, que classificamos como Neutra (negociada a exigentes 8,3x EBITDA24, avaliam.
Chamado de Projeto Caetê, o negócio pretende reduzir o investimento futuro da companhia enquanto gera sinergias no custo de produção, principalmente com logística e colheita, afirmou a Klabin em apresentação a investidores.
O negócio ocorre em um momento em que produtores de papel e celulose têm corrido para garantir áreas de fornecimento futuro de madeira o que tem contribuído para elevar preços dos ativos. Também acontece enquanto fabricantes internacionais têm sofrido com efeitos climáticos e geopolíticos que têm limitado a oferta de madeira para suas fábricas.
Segundo analistas da XP (BVMF:XPBR31), "esta aquisição (promovida pela Klabin) gera valor com base em três pilares principais": aceleração de fornecimento de madeira própria, monetização do excesso de terras após a colheita da madeira e redução de custo caixa pela otimização da logística para as fábricas.
Os analistas da XP citaram que o valor gerado pelo negócio implica em um "valor presente líquido (VPL) de cerca de 1,5 bilhão de reais, ou aproximadamente 6% do valor de mercado atual".
As units da Klabin exibiam alta de 0,94%, a 21,47 reais, às 15h40 (de Brasília).
*Com Reuters