MOSCOU/MILÃO (Reuters) - A LetterOne, empresa de investimento do bilionário russo Mikhail Fridman, desistiu da oferta para ajudar a mediar a fusão da Oi e da TIM, ao dizer nesta quinta-feira que a TIM não está mais interessada.
"A L1 Technology foi informada pela TIM que... ela não deseja mais aprofundar as negociações em torno da facilitação de uma fusão entre a Oi e a TIM no Brasil", disse a LetterOne, proprietária majoritária do grupo de telecomunicações Vimpelcom.
A unidade de negócio L1 Technology da LetterOne se propôs em outubro do ano passado a investir até 4 bilhões de dólares na endividada Oi, se ela se fundisse à TIM, que é controlada pela Telecom Italia.
Uma fusão entre a Oi e a Tim teria criado a maior operadora móvel do Brasil, à frente da Vivo da Telefônica Brasil (SA:VIVT4), em um momento em que os mercados de telecomunicações estão convergindo. A união das empresas também era vista pela Oi como forma de melhorar sua situação financeira e competitividade no mercado.
Ao perderem para a Telefônica a oferta pela operadora de banda larga GVT em 2014, a TIM e a Telecom Italia começaram a buscar a possibilidade de comprar a Oi.
Mas o presidente-executivo da Telecom Italia, Marco Patuano, disse há um ano, antes da aproximação da LetterOne, que achava difícil encontrar qualquer atrativo convincente na aquisição da Oi. E, reciprocamente, a Telecom Italia se mostrou relutante em vender a TIM, rejeitando aproximações anteriores da Oi.
(Por Maria Kiselyova em Moscou e Agnieszka Flak em Milão)