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Lucro da SLC Agrícola cai 27,9% e atinge R$ 574,975 milhões no 1º trimestre

Publicado 25.05.2023, 08:39
© Reuters.  Lucro da SLC Agrícola cai 27,9% e atinge R$ 574,975 milhões no 1º trimestre
SLCE3
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A SLC Agrícola (BVMF:SLCE3) registrou lucro líquido de R$ 574,975 milhões no primeiro trimestre deste ano, queda de 27,9% ante o lucro líquido apurado no primeiro trimestre do ano passado. A receita líquida no período atingiu R$ 2,219 bilhões, recuo de 7,9% na comparação com igual período do ano anterior.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado somou R$ 933,575 milhões no primeiro trimestre do ano, 25,9% inferior ao registrado em igual período do ano passado. A margem Ebitda ajustada recuou 10,2 pontos porcentuais na mesma base comparativa, para 42,1%.

Em release sobre os resultados financeiros do trimestre, a administração da empresa atribui a queda no lucro e na receita ao menor volume faturado de algodão no período, em virtude da queda de produtividade e baixa qualidade da safra 2021/22, o que foi parcialmente compensado pelo resultado bruto positivo da soja e do milho.

O recuo na receita líquida foi decorrente, segundo a empresa, do menor volume faturado de algodão no período, produto referente à safra 2021/22, que apresentou menor produtividade e, consequentemente, menor estoque de passagem. O recuo do Ebitda ajustado também deve-se à queda do lucro bruto do algodão relativo à temporada 2021/22, conforme a SLC. "Apesar de serem mais baixos quando comparados ao mesmo período do ano anterior, os resultados do trimestre apresentam boas margens e estão em linha com os resultados históricos", disse a administração no comunicado.

A alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado) da empresa no período foi de 1,06 vez ante 0,75 vez reportada no primeiro trimestre do ano passado. A administração define o patamar como "posição confortável" para um período de alta necessidade de capital de giro, em virtude do pagamento dos insumos da safra.

O capex da empresa no primeiro trimestre deste ano foi de R$ 646 milhões, aumento de 326,9% frente ao primeiro trimestre de 2022. A administração destacou que a companhia investiu sobretudo na aquisição da Fazenda Paysandu, em Correntina (BA), de 12,474 mil hectares, no total de R$ 414 milhões, sendo R$ 366 milhões referentes à aquisição de terras, R$ 34 milhões em infraestrutura e R$15 milhões na algodoeira local. No trimestre, os investimentos líquidos na fazenda somaram R$ 232 milhões. Outro aporte, que representou 18% do Capex, foi o investimento em máquinas, implementos e equipamentos. A empresa adquiriu 17 colheitadeiras, 12 pulverizadores e 6 plantadeiras.

As vendas de soja da SLC, em volume, recuaram 3,1% na comparação entre os primeiros trimestres, encerrando o período em 590.293 toneladas. A comercialização de algodão caiu 45,9%, para 50.790 toneladas, enquanto a venda de caroço de algodão subiu 9,4%, para 53.457 toneladas. Já as vendas de milho aumentaram 382,6%, para 59.476 toneladas. Outras culturas responderam por 23.099 toneladas vendidas, aumento anual de 2,7%. O custo dos produtos vendidos no trimestre apresentou incremento de 9,1%, segundo a SLC.

Do lado operacional, a SLC destacou que o primeiro trimestre marcou o encerramento do plantio do algodão e do milho de segunda safra, com 162.274 hectares e 137.823 hectares semeados, respectivamente. Somando à área de soja (346.941 hectares) e de outras culturas semeadas pela companhia, a SLC plantou 669.848 hectares na safra 2022/23. "São boas as expectativas em relação ao potencial produtivo, pois temos tido um consistente volume de chuvas ao longo das últimas semanas, o que indica excelentes condições de atingimento dos projetos divulgados", observou a empresa no comunicado.

Sobre a soja, a SLC destacou que o trimestre foi encerrado com boas produtividades. O rendimento alcançado, de 3.908 kg por hectare, ficou praticamente estável em relação à temporada anterior, em linha com as previsões iniciais da empresa e 10,6% superior à média nacional. "Cabe destacar que mesmo com a redução de 20% dos investimentos em fertilizantes (cloreto de potássio e fosfatados), todas as culturas apresentam excelente potencial produtivo, conforme já era esperado", pontuou a empresa.

Manutenção das margens

Após um primeiro trimestre com resultados mais fracos na comparação anual, a SLC Agrícola mantém a expectativa de manutenção das margens de rentabilidade em patamares elevados neste ano, segundo o diretor-presidente da companhia, Aurélio Pavinato.

"Nossa expectativa é de manutenção das margens em patamares altos. É isso o que está acontecendo. Neste primeiro trimestre, não conseguimos manter exatamente as mesmas margens do ano passado, mas são margens em patamares altos. É a direção que estamos caminhando neste ano", disse Pavinato, ao comentar os resultados obtidos pela empresa no primeiro trimestre deste ano.

De janeiro a março, a SLC reportou lucro líquido 27,9% menor na comparação anual do período, de R$ 574,975 milhões. A receita líquida da empresa caiu 7,9%, para R$ 2,219 bilhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado somou R$ 933,575 milhões no primeiro trimestre do ano, 25,9% inferior ao registrado em igual período do ano passado.

Segundo Pavinato, os resultados no trimestre vieram dentro da expectativa em virtude de menor faturamento e, consequentemente, lucro obtido com venda de algodão e milho no período, remanescentes da safra 2021/22.

"Foi o trimestre da colheita da soja e o lucro da soja veio dentro da expectativa, melhor do que no ano passado. Os únicos dados inferiores é porque algodão e milho que sobraram da safra anterior, como foram safras menores, sobraram volumes menores para entregar neste primeiro trimestre e, por isso, tivemos um faturamento um pouco menor. O lucro também foi um pouco menor, mas ainda em patamares muito bons, com margem Ebitda de 42% e margem líquida de 25,9%", explicou o diretor presidente da SLC.

Quanto ao resultado operacional do ano, para o qual espera manutenção das margens de rentabilidade em patamares elevados, Pavinato destacou que a safra de soja 2022/23 apresentou desempenho semelhante ao da temporada anterior, mas as colheitas de algodão e milho superiores na comparação anual, com aumento de produtividade. "As safras de algodão e milho deste ano serão melhores do que as do ano passado porque choveu bem em abril e no início de maio, enquanto no ano passado houve falta de chuva. Tanto para o algodão primeira e segunda safras quanto milho segunda safra que estão no campo hoje, estamos com expectativa bem otimista de que teremos excelente safra. No ano passado, perdemos 20% de produtividade de milho e de algodão, e neste ano estamos com expectativa de produzir igual ou acima do projeto", antecipou.

No comunicado aos investidores, a SLC reportou produtividade de soja da safra 2022/23 e, 3.908 kg por hectare (-1,7% na comparação anual). Para algodão de segunda safra, a companhia estima rendimento 40,9% superior ao do ciclo passado, de 1.839 kg de pluma por hectare. Em relação ao milho de segunda safra, a SLC espera produtividade 21,9% superior, em 7,685 kg por hectare. As culturas de segunda safra serão colhidas pela companhia a partir de junho.

Em meio à alta produtividade da safra brasileira de grãos 2022/23, ao arrefecimento de preços dos grãos e aos bons níveis de comercialização do ciclo atual, a SLC não tem pressa em comercializar os volumes remanescentes da temporada 2022/23, segundo Pavinato. "Nossa posição de hedge 2022/23 de soja está em 72% comercializada, algodão em 61% e milho em 60% comercializado. Não temos necessidade de vender o saldo rapidamente agora. Temos condição de estocar e esperar para vender o saldo no segundo semestre", apontou. "Em relação a essa pressão de preços que está tendo atualmente, no mercado local maior que no internacional, a expectativa é de que, no segundo semestre, os prêmios do Brasil retornem aos patamares normais e consigamos preços melhores para o saldo a vender", projetou.

O executivo observa que a queda dos preços internacionais dos grãos, e especialmente dos preços locais, é provocada pela elevada produção de soja e milho do Brasil. "Os prêmios internos se reduziram: eram positivos e estão negativos. A produção alta de soja e milho teve esse efeito direto nos preços", destacou.

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