Investing.com - As ações da M. Dias Branco (SA:MDIA3), maior fabricante de massas e biscoitos do Brasil, são negociadas com ganhos de 4,45% a R$ 57,55 na manhã desta terça-feira (30) na B3 (SA:BVMF3), depois de encerrar a jornada da véspera em queda de 1,6% a R$ 55,10. O mercado reage à notícia da aquisição da Piraquê.
O BTG Pactual (SA:BPAC11) disse, em relatório, que a compra da Piraquê foi o melhor uso que poderia ser dado ao caixa da empresa, com a expansão nacional de marcas. A Piraquê tem mais força no Sul e Sudeste, em especial no Rio de Janeiro, ampliando o portfólio de produtos da cearense M Dias Branco, que possui presença forte no Nordeste. Segundo o banco, o papel está caro, mas a operação trouxe otimismo.
O anúncio da compra da Piraquê pela M. Dias Branco foi realizado no final da tarde de ontem. O acordo envolve a compra da totalidade da fabricante de biscoitos e totaliza R$ 1,55 bilhão de reais.
Segundo a M. Dias Branco, a aquisição serve para acelerar seu crescimento nas regiões Sul e Sudeste, "bem como de incluir no seu portfólio produtos de alto valor agregado".
A M. Dias Branco é dona de marcas de alimentos como Adria, Estrela e Isabela e possui 12 fábricas. A Piraqu produz biscoitos e aperitivos e tem uma fábrica no Rio de Janeiro. Segundo a M.Dias Branco, a Piraquê teve faturamento de R$ 717 milhões entre outubro de 2016 e setembro do ano passado.
Segundo a Euromonitor, a M. Dias Branco liderou o mercado de massas secas, como macarrão, do Brasil no ano passado, com participação de 24,2%, enquanto a Piraquê era a sexta empresa no segmento, com fatia de 4,2%.
Já em aperitivos, a M. Dias ficou em segundo lugar, com participação de 10,3%, enquanto a Piraquê era a décima empresa, com fatia de 1,8%. Em biscoitos doces, a Euromonitor também identifica a M. Dias Branco como líder no ano passado, com participação de 16,3% ante parcela de 3,1% da Piraquê, que detinha a oitava posição no ranking.
Com Reuters