Em uma movimentação significativa no setor de metais, a MBK Partners se uniu à Young Poong para aumentar sua oferta de aquisição de ações da Korea Zinc, a maior produtora mundial de zinco refinado, para 2,51 trilhões de won (1,88 bilhão de dólares). Esta nova oferta iguala uma contraoferta e estendeu o prazo para aceitação até 14 de outubro.
A oferta revisada surge em meio a uma feroz batalha pelo controle entre a família Choi, que administra a Korea Zinc, e a família Chang, parte do conglomerado eletrônico Young Poong. Ambas as famílias, junto com seus respectivos aliados, detêm aproximadamente um terço das participações na Korea Zinc. As participações são calculadas pela Meritz Securities, mas nenhum dos grupos comentou sobre o assunto.
Esta disputa pelo controle tem atraído atenção internacional devido ao papel da Korea Zinc como fornecedora de matérias-primas essenciais para indústrias avançadas como semicondutores e baterias de veículos elétricos. As tensões comerciais entre EUA e China intensificaram ainda mais o foco no controle da cadeia de suprimentos.
As ações da Korea Zinc tiveram um aumento significativo, fechando em alta de 8,8% e atingindo um recorde de 791.000 won na sexta-feira, embora ainda abaixo do preço da oferta de aquisição de 830.000 won por ação. O mercado sul-coreano mais amplo também experimentou uma tendência positiva, fechando 0,3% mais alto.
A decisão da MBK e Young Poong de aumentar seu preço de oferta pela segunda vez desde sua proposta inicial em setembro alinha-se com a oferta rival da Korea Zinc de 830.000 won por ação. A Korea Zinc, junto com a Bain Capital, também tem planos de recomprar ações no valor de cerca de 2,7 trilhões de won (2,02 bilhões de dólares), com a Bain Capital oferecendo comprar 430 bilhões de won adicionais em ações, com data de encerramento em 23 de outubro.
Ambas as partes na oferta de aquisição expressaram sua intenção de adquirir ações mesmo se não atingirem suas participações desejadas. A Young Poong afirmou especificamente que sua oferta visa participar da gestão da Korea Zinc e melhorar sua governança.
A luta pela propriedade ocorre em um momento crucial para a Coreia do Sul, que está pressionando por reformas na governança corporativa para revigorar os mercados de capitais tradicionalmente dominados por grandes conglomerados. Espera-se que os acionistas minoritários, que detinham cerca de 27% da Korea Zinc no final de junho, de acordo com os registros da empresa, desempenhem um papel decisivo no resultado desta batalha corporativa.
O Serviço Nacional de Pensões da Coreia do Sul, que detém 7% separadamente, não divulgou suas intenções em relação à aquisição.
Em meio a esses desenvolvimentos, a Korea Zinc solicitou ao governo sul-coreano que classifique sua tecnologia de componentes de bateria como uma tecnologia nacional essencial, o que exigiria aprovação governamental para qualquer aquisição estrangeira. O ministério da indústria deve discutir este assunto hoje.
Os Estados Unidos e seus aliados, interessados em reduzir a dependência da China para metais críticos, estão monitorando de perto a situação. Foram levantadas preocupações sobre o potencial de a aquisição por capital de risco levar à propriedade por interesses chineses. No entanto, a MBK e a Young Poong afirmaram anteriormente que não têm planos de vender a Korea Zinc para a China.
A Korea Zinc também está expandindo sua presença internacional, inclusive na Austrália através de sua empresa de energia renovável e hidrogênio, a Ark Energy. Michael Choi, CEO da Ark Energy, expressou preocupações de que os planos de investimento da empresa possam ser interrompidos sob nova propriedade.
O premier de Queensland, onde está localizada a instalação de hidrogênio verde da Ark Energy, apelou ao primeiro-ministro australiano Anthony Albanese para usar poderes de revisão de investimentos estrangeiros para salvaguardar empregos locais. Este desenvolvimento ressalta as implicações internacionais da luta pela propriedade da Korea Zinc.
A Reuters contribuiu para este artigo.
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