Investing.com – As ações do Grupo Soma (BVMF:SOMA3), que controla marcas como Animale, Farm e Hering (BVMF:HGTX3), apresentavam valorização nesta terça-feira, 26, após a companhia reportar prejuízo líquido de R$1,85 bilhão no critério contábil no quarto trimestre do ano passado, ante R$72,4 milhões de lucro no mesmo período em 2022. No critério ajustado, no entanto, houve lucro de R$113,2 milhões, contra R$99,3 milhões na mesma comparação. A diferença, entre os motivos, está relacionada a uma baixa contábil bilionária na Hering, adquirida em 2021 pela companhia.
A Ativa considerou o resultado “extremamente poluído por efeitos não recorrentes”, mas que após uma limpeza nestes itens, o balanço apresentou pontos positivos consistentes.
O maior efeito não recorrente foi um impairment que somou R$2,952 bilhões de impacto contábil, sem efeito caixa. “Esse efeito foi observado na Hering e veio a partir da aprovação de uma lei relacionada a subvenções e a Reforma Tributária”, destaca a Ativa, que possui indicação de compra para os papéis, com preço-alvo de R$10,10.
O Itaú BBA avaliou os dados como “decentes”, com faturamento e margem bruta ligeiramente acima superior ao esperado, enquanto a margem Ebitda ajustada foi inferior, assim como o lucro líquido de R$ 96 milhões, contra estimativa de R$ 110 milhões, diante de um resultado financeiro pior do que o esperado.
“A Soma excluindo Hering registrou um crescimento decente de receita de 16% ao ano, 4% acima da nossa estimativa; a margem bruta atingiu 66,0%, um aumento de 230 bps em relação ao mesmo período do ano anterior e 110 bps acima da nossa estimativa”, detalha o BBA.
Enquanto isso, a Hering teve um crescimento menor na receita na base anual, em 3%, enquanto a margem bruta foi elevada. A recomendação do BBA é outperform, equivalente à compra, com preço-alvo de R$12.
O BTG (BVMF:BPAC11) avaliou os dados como melhores que o esperado, em meio a um cenário ainda desafiador no período. O banco mencionou melhora nas vendas, desconsiderando a Hering, que estaria em processo de recuperação das suas margens. O BTG também indica compra, com preço-alvo de R$11.
Às 11h28 (de Brasília), as ações subiam 1,52%, a R$7,35.
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