Por Dhirendra Tripathi
Investing.com – As ações da Micron (NASDAQ:MU) caíam 2,7% por volta das 14h45 (horário de Brasília) de quarta-feira, após a projeção da empresa para o primeiro trimestre do exercício em curso ficar abaixo das expectativas.
Por aqui, os BDRs da companhia (SA:MUTC34) tinham baixa de 3,3%.
A empresa vê suas receitas no trimestre em curso no centro da faixa de projeção, em US$ 7,65 bilhões, um aumento de 49% em relação a um ano atrás. Os lucros diluídos por ação devem ser de US$ 2, no meio do intervalo, em comparação com US$ 0,43 no primeiro trimestre do último exercício.
A mensagem que os investidores captaram no comentário sobre o quarto trimestre da empresa é que a demanda por chips, especialmente de memória DRAM, pode ter atingido o pico ou se manter estável. Mesmo assim, o presidente e CEO da Micron, Sanjay Mehrotra, chamou a perspectiva de demanda para 2022 de forte.
Os chips de memória dinâmica de acesso aleatório (DRAM), que fazem parte de computadores pessoais e servidores, representaram 72% da receita da empresa no ano fiscal de 2021.
Uma procura sem precedentes por chips num mundo que precisou se voltar repentinamente para o trabalho remoto durante a pandemia permitiu que empresas como a Micron cobrassem preços mais elevados dos seus clientes. Isto se refletiu nas margens brutas que subiram 1.300 pontos base em relação a um ano atrás, chegando a 47.9% no quarto trimestre. Um ponto base é um centésimo de um por cento.
A expectativa do mercado por uma projeção mais otimista foi erguida sobre premissas de que as cadeias de fornecimento ainda estão sobrecarregadas. Essa demanda elevada ajudou a empresa a registrar um crescimento de 37% nas receitas trimestrais, para US$ 8,27 bilhões. O LPA ajustado foi de US$ 2,42. Tanto a receita quanto os anhos por ação superaram as estimativas.