Por Dhirendra Tripathi
Investing.com – As ações da Micron Technology (NASDAQ:MU) (SA:MUTC34) chegaram a ser negociadas com alta de 4% no pré-mercado desta quarta-feira (30) antes de ficar estável. A empresa apresentou uma previsão robusta para o trimestre atual, sugerindo que a demanda dos data centers continuar forte.
Por volta das 13h53, os papéis operavam com leve alta de 0,09% a US$82,13 na Nasdaq, com mínima em US$ 81,62 e máxima de US$ 86,24.
As vendas podem alcançar US$ 8,9 bilhões no terceiro trimestre, afirmou a empresa. No pior cenário, elas serão de US$ 8,5 bilhões, embora isto seja mais alto que há um ano. O lucro ajustado por ação pode atingir US$ 2,47 e será de, pelo menos, US$ 2,45.
A margem bruta do trimestre também é vista entre 47% e 49% numa base ajustada.
“A Micron está diante de um ano recorde no exercício de 2022. A nossa demanda de mercado final é forte, a demanda dos nossos clientes é forte e a oferta é restrita", disse CEO da empresa, Sanjay Mehrotra, conforme publicado pela Bloomberg.
Os chips de memória hoje são usados numa diversidade de dispositivos de consumo, como televisores e máquinas de lavar roupa, indo além do mercado tradicional de computadores e smartphones. Isso ajudou a Micron a crescer, mesmo quando com a desaceleração do mercado de PCs.
Uma grande parte do crescimento recente da Micron vem do fornecimento de chips a data centers. Essa infraestrutura se expandiu com os fortes investimentos das empresas em ecossistemas digitais, para atender aos clientes de forma mais rápida e melhor.
A receita com data center subiu mais de 60% no segundo trimestre. A automação das fábricas e dos sistemas de segurança esteve por trás do crescimento de cerca de 60% nas vendas industriais. As receitas automotivas estabeleceram um novo recorde.
Apesar de descartar qualquer impacto nos volumes de produção devido à guerra entre Rússia e Ucrânia, levando-se em conta que a região é um fornecedor de gases e alguns minerais que participam da composição de chips, os custos podem aumentar, afirmou Mehrotra.
Neste trimestre, até 3 de março, a receita da Micron cresceu 25%, para US$ 7,79 bilhões. O lucro líquido foi de US$ 2,26 bilhões, ou US$ 2 por ação, mais que o triplo do que era há um ano.