O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, caiu nesta sexta, 8, ajustando ganhos recentes. O índice chegou a subir logo após o payroll dos Estados Unidos, que mostrou criação de vagas acima do esperado por analistas, mas o impulso no câmbio não perdurou ao longo do dia.
No fim da tarde em Nova York, o dólar avançava a 136,05 ienes, o euro subia a US$ 1,0181 e a libra tinha alta a US$ 1,2028, esta praticamente estável. O DXY registrou queda de 0,11%, a 107,007 pontos, e na comparação semanal teve alta de 1,78%.
A queda de hoje ocorreu após nesta semana o DXY renovar máximas em quase 20 anos. O NatWest comenta que o dólar se beneficiou nos últimos dias dos temores crescentes sobre o ritmo do crescimento global. Para o banco, uma inflexão negativa para a moeda dos EUA ocorreria apenas se o crescimento no país desacelerasse enquanto outras nações mostram quadro mais estável ou de melhora. Para o NatWest, há alguns sinais de mais fôlego na Ásia, mas na Europa "os indicadores continuam parecendo fracos".
Hoje, o payroll mostrou criação de 372 mil postos de trabalho nos EUA em junho, acima do esperado. Segundo analistas, isso afastou alguns temores de recessão no país, ao menos por ora, e mantém o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) no caminho para decidir por mais altas nos juros, o que tende a apoiar a divisa local.
Entre moedas emergentes e commodities, o dólar subia a 126,7824 pesos argentinos, no horário citado. No mercado paralelo, o chamado "dólar blue" avançava a 273 pesos, segundo o jornal Ámbito Financiero. A divisa argentina está sob pressão em dias recentes, com investidores cautelosos ante a mudança do comando do Ministério da Economia. A imprensa local ainda destacava o fato de que as posições dos investidores no mercado futuro cambial implicavam que uma desvalorização do peso poderia ser de 80%.