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SÃO PAULO (Reuters) -O Ministério Público de São Paulo realiza nesta terça-feira operação para desarticular esquema formado por um grupo de auditores fiscais que beneficiou empresas de varejo em troca de propinas que ultrapassaram R$1 bilhão, tendo também entre os alvos o dono da rede de farmácias Ultrafarma, Sidney Oliveira, que foi preso, informou o órgão.
O MP informou em nota que as autoridades cumprem três mandados de prisão temporária, incluindo contra um fiscal de tributos estadual, "apontado como o principal operador do esquema, e os de dois empresários, sócios de empresas beneficiadas com decisões fiscais irregulares".
De acordo com a nota do MP, que não cita nomes, dois empresários também foram presos. A assessoria de imprensa do órgão confirmou que Oliveira é um deles. De acordo com veículos de imprensa, o diretor estatutário da rede varejista Fast Shop Mario Otavio Gomes é o segundo empresário preso na operação.
Procurada, a Fast Shop disse "que ainda não teve acesso ao conteúdo da investigação, e está colaborando com o fornecimento de informações às autoridades competentes". A Ultrafarma também foi procurada e não respondeu de imediato a um pedido de comentário.
O MP disse que a investigação apontou que o fiscal manipulava processos administrativos para facilitar a quitação de créditos tributários às empresas. "Em contrapartida, recebia pagamentos mensais de propina por meio de uma empresa registrada em nome de sua mãe. Constatou-se também que o fiscal já recebeu, até este momento, mais de R$1 bilhão em propina", afirmou o MP.
(Por Alberto Alerigi Jr.Edição de Pedro Fonseca)