Por Senad Karaahmetovic
Investing.com - A Tesla (NASDAQ:TSLA) (BVMF:TSLA34) atingiu a mínima de 52 semanas no pregão de ontem, após recuar mais de 8% e fechar a US$ 137,80 por ação.
No ano, os papéis da fabricante de veículos elétricos acumulam uma queda de mais de 60%, um desempenho bem pior do que o do S&P 500, que caiu 19,8% no mesmo intervalo. O derretimento das ações da empresa sediada em Austin, Texas, levou mais analistas do “sell-side” a cortar as métricas da companhia nos últimos dias.
Os analistas do banco de investimento Daiwa reduziram o preço-alvo das ações da Tesla em US$ 73, para US$ 177, citando o imbróglio do Twitter e um fraco ambiente macroeconômico. Já os analistas do Wedbush insistem que a saga do Twitter vem manchando a imagem de Musk e pesando sobre as ações da Tesla.
“Tudo leva a crer que o período de Musk como CEO do Twitter está chegando ao fim, o que pode acabar favorecendo as ações da Tesla", escreveram em nota. “É hora de acabar com esse pesadelo como CEO do Twitter”.
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Mesmo assim, Musk insiste que o grande culpado pela vertiginosa queda das ações da Tesla seja o enfraquecimento do ambiente macro. Ao responder ao famoso assessor de investimentos Ross Gerber, defensor de longa data da Tesla, Musk escreveu o seguinte:
“À medida que os juros da poupança, cujo retorno é garantido, começam a se aproximar dos retornos do mercado acionário, que *não* são garantidos, as pessoas passam a alocar seus recursos em caixa, provocando a queda das ações”.
Gerber chegou a tuitar que “o preço das ações da Tesla agora refletem o valor de não terem um CEO”, antes de pedir que o Conselho da companhia “se mexesse”.
Antes da abertura de quarta-feira, os papéis da Tesla registravam uma alta de mais de 2%, após Musk dizer que renunciará ao cargo de CEO do Twitter, assim que encontrar “alguém tolo o bastante para assumir o cargo”.
“Depois disso, ficarei a cargo das equipes de software e servidores”, acrescentou em um tuíte.