Investing.com – Alguns ajustes tarifários negativos pressionaram dados da Neoenergia (BVMF:NEOE3), avaliaram analistas após a divulgação do balanço financeiro da companhia apresentado depois do fechamento do mercado de terça-feira, 22 de outubro.
A Neoenergia reportou um lucro líquido de R$841 milhões no terceiro trimestre de 2024, queda de 46% em relação ao mesmo intervalo de 2023. Em repercussão, as ações registravam queda moderada às 15h25 (de Brasília) desta quarta-feira, 23 de outubro, com perdas de 0,67%, a R$19,17.
O balanço foi considerado neutro pelos analistas do Itaú BBA, que possuem recomendação outperform para os papéis, com preço-alvo de R$37,55. “O Ebitda caixa recorrente da Neoenergia superou ligeiramente nossa estimativa, mas caiu 2,6% ano a ano, principalmente devido a reajustes tarifários negativos em algumas concessões de distribuição vinculadas ao IGP-M e extinção do PPA Termopernambuco”, apontou o banco.
Do lado positivo, a Neoenergia teria sido impulsionada, segundo a EQI Investimentos, pela expansão da base de clientes, pelo aumento dos volumes de energia distribuída e por alguns reajustes nas tarifas de energia, incluindo da Neoenergia Brasília e da Neoenergia Elektro.
“A empresa ainda se beneficiou de uma melhor geração de energia eólica e solar, além da consolidação da Usina Hidrelétrica Dardanelos, ocorrida em setembro de 2023”, destacou a EQI em relatório.
Parte desse crescimento teria sido compensado por pontos negativos, ponderou a EQI, mencionando menores margens na Neoenergia Termopernambuco, o que seria resultado do encerramento de seus contratos de venda de energia em maio deste ano.
Ainda, revisões tarifárias da Neoenergia Elektro indicaram queda da parcela B, além de ajustes para baixo para distribuidoras Neoenergia Coelba (BVMF:CEEB3), Neoenergia Pernambuco e Neoenergia Cosern (BVMF:CSRN3).